Chamou-me atenção uma matéria divulgada ontem,23, no site da Folha, em que o governo decidiu montar um "gabinete digital" para se comunicar, sem intermediários, com as redes sociais.
Além disso, está em avaliação a criação de uma espécie de "ouvidoria virtual", ligada quase em tempo real à Presidência da República. Uma das alternativas é fazer isso por meio de uma conta no Facebook.
Segundo a matéria, a decisão – que partiu até da presidente Dilma Rousseff – ocorreu depois das manifestações de junho, após intensa organização na web, e que levou muitos brasileiros às ruas para revindicar seus direitos.
De acordo com o que apurou o site da Folha, o objetivo é abastecer o mundo cibernético com dados oficiais; monitorar e pautar o debate virtual; fazer disputa de versões, desfazer boatos e tentar, na medida do possível, colocar a presidente Dilma Rousseff em contato mais direto com internautas
Ainda no texto, escrito pelas jornalista Natuza Nery e Andréia Sadi, o "gabinete digital" é uma resposta ao chamado "susto das ruas" no Executivo. Os protestos de junho foram articulados na internet sem que o Poder Público conseguisse capturar a movimentação e, menos ainda, reagir.
Portanto, segundo o site, o que mais prejudicou nessas manifestações foi a popularidade presidencial que caiu 27 pontos, conforme pesquisa do Datafolha de 29 de junho. O mais interessante: Em sinal de que já é visto como estratégico, a nova estrutura será instalada no terceiro andar do Palácio do Planalto, onde despacha a presidente.
Todavia, tanto o PT quanto o governo Dilma Rousseff reconhecem o que pesquisas e especialistas apontam: o noticiário produzido por jornais, portais e TVs brasileiros dominou os compartilhamentos em redes sociais durante as manifestações que pararam o Brasil em junho.
Assim, caros leitores, vejamos o quanto foi importante o “grito da ruas” que fez a popularidade de Dilma cair, o Congresso Nacional “trabalhar” e chamar atenção do mundo todo. Se realmente tudo o que está escrito acima – no chamado “gabinete digital” - atender às necessidades da população e reivindicações, entretanto, teremos uma rede social do governo disponível para tentar “mostrar” diversos problemas (questionamentos) para o próprio governo federal.
No mais, pode-se dizer (como sugestão) que essa proposta também deveria ser lançada em Alagoas e, principalmente, na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) e governo do Estado. Twitter, facebook e demais redes sociais atualmente são importantes – e influenciam - na vida de muitos cidadãos brasileiros.
Resta saber se os chefes dos Poderes (Executivo e Legislativo de Alagoas) teriam - assim como pretendem fazer com a presidente Dilma Rousseff – vontade de manter contato mais direto com internautas.
Será?
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