Em entrevista concedida, na manhã desta sexta-feira (14), a uma emissora de rádio local, o prefeito de Santana do Ipanema, Mário Silva (PV), rebateu algumas críticas feitas a ele, devido à demora do pagamento dos 53% referente ao salário dos professores municipais, do mês de dezembro do ano passado, deixado pela ex-gestora, Renilde Bulhões.
Para Mário, a decisão de pagar aos professores é totalmente dele, mas para não cometer nenhuma irresponsabilidade, o chefe do Executivo decidiu buscar embasamento jurídico junto ao Tribunal de Contas do Estado, agindo assim na legalidade.
“Se qualquer prefeito de outra cidade quiser agir da maneira que bem entender, que o faça e assuma as responsabilidades; eu não agirei dessa forma”, disse Mário Silva.
O prefeito também ressaltou que a questão em debate só tem sido destaque, devido a uma “injustiça”, causada pela ex-prefeita, que acabou não pagando de forma devida o salário dos profissionais em educação.
Mário Silva afirmou ainda, que respeitava a decisão de cada um, mas que não iria pela cabeça dos outros e sim pelo que é correto. “A notícia ainda é extraoficial, mas assim que receber o comunicado autorizando ao pagamento, farei imediatamente”, disse o prefeito.
Sob pressão
A fala do prefeito do município sertanejo aconteceu após indagações do radialista Flávio Henrique, no programa Liberdade de Expressão, que anunciou a informação extraoficial de que o TCE havia aprovado, na noite passada, o pedido do prefeito Mário Silva, em relação à autorização dos 53% restantes, referentes ao pagamento dos professores.
Em suas colocações, o âncora do programa citado, exemplificou o município de Carneiros, que passou por situação idêntica, mas que o gestor decidiu tomar uma decisão diferente.
“O prefeito Luizão de Carneiros não quis fazer nenhuma consulta, e acabou pagando os professores. Faço esse questionamento, pois sei que quem tem o poder da caneta é o senhor [o prefeito]”, justificou o radialista.
Debate
Muito questionado pelos vereadores de oposição, o pagamento dos 53%, referente ao salário do mês de dezembro, tem sido motivo de pauta rotineira para os vereadores de oposição, em sessões ordinárias na Câmara de Vereadores.
O imbróglio com a classe docente teve início, antes ainda da posse do prefeito Mário Silva, quando a ex-gestora Renilde Bulhões teria anunciado o débito, mas afirmou que naquele momento não tinha condição de arcar com o pagamento.