Redução absoluta da criminalidade. Milhares de viaturas novas e armamento com milhares de policiais concursados. Velas acesas por crianças ingênuas que celebram a vida.  O governo de Alagoas trabalhando intensamente conseguiu devolver a paz aos alagoanos e alagoanas.  "CORTAAAAAAAAAAAA!" Grita em desespero o diretor Téo Sipelberg. A cena não estava perfeita. Faltava mais realidade no cenário angelical e de prosperidade no embuste, quero dizer, no representar do sonho levado a efeito por atores e atrizes, nada globais, que a telinha necessita fazer crer ao esparançoso povo que jogado e abandonado à própria sorte ainda tem que assistir a picardia de seu governante-mor zombar da cara de cada um que hoje vive sentenciado dentro de suas celas. Suas casas. E ainda não se sentem seguros, apesar disso.

De outro lado as cenas nada "hollywoodianas" em uma das cidades mais violentas do mundo reclamam que os "Vingadores" realmente aparecessem por aqui. Homem de Ferro, cadê você? Pois parece que dos personagens dos desenhos animados só o Pinóquio tem aparecido com constante frequência nestas paragens.

Arrastões diuturnos em restaurantes, roubos de carros, motos, assassinatos a poucos metros de distância de postos policiais, vide o último assassinato defronte ao Posto 7, onde existe um quiosque da PM ali; explosões em caixas eletrônicos, explosões na própria polícia, balas perdidas com vítimas certeiras e fatais; enfim um caos no quesito segurança.

Parece que estamos falando de dois mundos distantes e diversos ao sermos invadidos com a benplácitra produção do governo alagoano. Mas a propaganda do governo nos faz crer que as velas acesas em busca da paz almejada, foi com sucesso, alcançada.

Ao menos, tenta. Para mim, em vão. 

Realmente torço para que tudo isso, algum dia, seja verdade. Não mais com esse governo que ora se encontra perdido, sem rumo e sem horizontes. Torço que algo realmente NOVO surja para que nos devolva a esperança de que Maceió e Alagoas possam voltar àquele convívio saudável de alguns anos atrás. Onde a segurança era uma realidade e não precisava de atores representando uma farsa que sabemos não existir. Onde os atores não precisam acender velas da hipocrisia e da mentira para passar o engodo e o embuste. 

Todavia, caso assim não seja possível convido a todos a vivermos nos estúdios do Téo Sipelberg, onde tudo é fantasia, a segurança até que existe e a paz reina encantada e plácida sob o feixe de uma luz de vela acesa por uma ingênua criança que ainda não foi encontrada por uma bala perdida no meio do caminho.