Chama a atenção o modo como o senador e presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB), vem dando destaque para os encontros, reuniões e, principalmente, os projetos do senado enquanto permanece à frente da casa. Calheiros também tem recebido constantemente várias autoridades alagoanas e não deixando de atender – sequer – os políticos do Estado.

Pois bem, se em 2007 Renan teve que renunciar à presidência da Casa sob pena de ser cassado, em 2013 ele retornou ao comando cinco anos após o escândalo político (leia-se Mônica Veloso) onde saiu ‘ileso’ dos dois processos de quebra de decoro. Só lembrando: Renan foi acusado de pagar despesas pessoais (a pensão de uma filha fora do casamento) com recursos de um lobista.

Mas, por outro lado, este ano o senador peemedebista ( o retorno à presidência) mostrou-se mais maduro, inovador, bem articulador, moderno (no caso das redes sociais) e “enterrou” o assunto polêmico que o tirou da cadeira em 2007. Porém, a própria imprensa tem revelado o lado novo de Renan Calheiros.

O “novo Renan” é o que discute projetos com órgãos públicos, instituições, associações, políticos e sociedade em geral. O presidente tem incluído nas pautas diárias do senado assuntos de interesse público para  beneficiar toda população. A proposta de emenda à Constituição (PEC) que estende às empregadas domésticas os direitos trabalhistas é um exemplo do trabalho favorável às classes menos favorecidas.   

Na imprensa – local e nacional, elogios nos editoriais já publicados são as respostas da nova postura de Renan Calheiros na presidência do senado. Destaco abaixo dois editoriais - publicados em jornais de circulação nacional - que elogiam o comportamento e atitudes tomadas pelo "Novo Renan". 

“Mal assumiu a presidência da Câmara Alta, Renan Calheiros (PMDB-AL) anunciou duas medidas que representam economia de R$ 262 milhões anuais. Trata-se da extinção de mais de 500 cargos de confiança e da restrição do serviço médico a casos de emergência. Tardia, é verdade, mas bem-vinda. Há anos o inchaço da administração do Senado vem merecendo críticas, e promessas de enxugamento se sucedem sem se concretizarem”, publicou o Correio Braziliense.

“O senador Renan Calheiros e o deputado Eduardo Alves indicam ter consciência da necessidade imperiosa de trabalhar pela recuperação do Legislativo. O que é bem-vindo, porque, sem um Congresso respeitado, a democracia perde vigor, torna-se presa fácil de autocratas e salvadores da pátria. Neste sentido, merece aplausos a aprovação, na quarta-feira, em votação simbólica pela Câmara, do fim do 14º e 15º salários dos deputados, um privilégio execrável. Renan, por sua vez, assumiu com uma proposta de reforma administrativa no Senado para, entre outros objetivos, cortar 25% de 3.125 cargos comissionados, preenchidos por indicações políticas. Ao todo, poderão ser economizados R$ 262 milhões a cada ano”, destacou o editorial do Globo.

Assim diz a mídia brasileira que o “Novo Renan” quer deixar bem distante a imagem negativa do passado e fazer uma gestão com destaque nacional - ganhar a confiança da população brasileira. Para isso, tem trabalhado no clima de “paz e amor” saindo-se como um político – no momento atual - de grande influência nacional.

Na linguagem popular é o mesmo que dizer “ajeita aqui, ajeita lá e encaixa acolá. Todos, por enquanto, são meus aliados”.

Será?

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