Vivemos atualmente uma verdadeira guerra contra o tempo. Armados até os dentes com multitarefas parecemos soldados combatendo um inimigo poderoso, implacável, impiedoso e invisível.
O tempo não nos deixa escolhas, arrebata e nos carrega tudo. Sem qualquer compaixão nos impõe derrotas irrecuperáveis e nos torna presas fáceis a cada dia que passa.
Por vezes imploramos que o inimigo seja mais complacente e nos dê mais uma chance com preciosas horas adicionais para que possamos dar conta de tantas atividades. Mas ele, impassível e cruel assiste a tudo e, de repente, desaparece com todos os nossos planos, projetos não concluídos e promessas não cumpridas.
Com a saúde cada vez mais debilitada o inimigo então dá seu golpe final e nos condena à morte dolorosa e sofrida, com requintes de muita crueldade, pois embora ainda tenhamos algum tempo que nos sobra, não temos mais a disposição para enfrentar os obstáculos que o corpo, carcomido pelos muitos anos de inatividade ou esquecimento acabou arrefecendo e virando presa fácil para o arrebate final.
Aquela velha correria para o trabalho, para os estudos e para a família acabou fazendo com que a correria sedentária fosse a desculpa para o total abandono do corpo que por muitas vezes implorava por ajuda.
Isso mesmo. Corremos tanto e ao mesmo tempo não corremos nada. E ele, nosso inimigo, com crueldade e sarcasmo, ri das horas que desperdiçamos ao longo de uma jornada quase nunca planejada ou estrategicamente mal concluída.
Quando percebemos aquela barriga tanquinho tão sonhada virou uma abóbora tamanho família. A flacidez nos braços, pernas, nádegas não suportariam uma sambadinha no carnaval.
E o que fazer?
Planejar. Primeiramente acabar com a desculpa da falta de tempo. Priorize-se. Cuide-se. Durma bem, mas durma menos, afinal o sono eterno virá algum dia, não precisa antecipá-lo aqui e agora.
Tente acordar 40 minutos mais cedo e dedique-se a uma caminhada e com o passar dos dias comece a trotar, depois correr. Faça um esporte. Dance. Energize-se. Prepare-se para os tenebrosos tempos da idade do condor. (Com dor aqui, com dor acolá...)
Com calma, mas com perseverança você também pode ser um esportista.
Corra. Ainda que seja da sua sogra. Corra dos problemas. Transforme-se. Deixe que o tempo passe para o seu lado como fiel companheiro de luta. E invista em seu tempo com estratégia e planejamento.
Por fim, inscreva-se em uma prova. Desafie-se. E vença seu maior inimigo: VOCÊ!