O ex-governador Ronaldo Lessa e o ex-prefeito Cícero Almeida estão juntos no mesmo barco da preocupação quanto ao futuro de ambos, em 2014.
Lessa é candidato a deputado federal e Almeida a deputado estadual, mas ambos sabem que o desejo não depende deles. Pior: depende da justiça.
A recente denúncia do Ministério Público Federal deixou Lessa ainda mais irritado. Trata-se de aumentar a carga que carrega desde a condenação por abuso de poder econômico, em 2004.
- “Essa é mais uma ação mentirosa contra mim”, disparou o ex-governador, sob a alegação de que já tinha se afastado do governo.
A denúncia do Ministério Público Federal refere-se ao desvio de R$ 5 milhões na Secretaria de Saúde, na gestão da ex-secretária Kátia Born, e que hoje já não pertence mais ao grupo de Lessa – que não entra no mérito da denúncia e defende-se alegando que o governador na época era o seu vice, Luiz Abílio, já falecido.
A revolta de Lessa é que, se for condenado, só vai poder disputar eleição depois de 2022.
Na mesma situação, com dois processos em andamento e um terceiro sendo confeccionado, o ex-prefeito Cícero Almeida adotou como estratégia o silêncio. Até porque, o único argumento dele até agora foi culpar os secretários.
Almeida foi informado de que o prefeito Ru Palmeira está realizando uma verdadeira faxina e teme que descubra mais coisas erradas.
Há sugestões, por exemplo, para que o novo prefeito investigue também a Secretaria de Comunicação nos últimos seis meses da gestão de Almeida.
Se Lessa e Almeida forem condenados, uma eleição para eles só poderá ser disputada depois de 2022.