A história da religião é a história da disputa por poder. Religião é poder e com o Catolicismo não poderia ser diferente, diante da expansão do Império Católico e os seus conseqüentes interesses político e financeiro.

Pelo menos sete papas foram assassinados no decorrer desses séculos todos de catolicismo, e um deles (João Paulo I ) foi assassinado em 1979. Sutilmente assassinado.

Leão V, João VIII, Alexandre VI, Benedito XI, Leão X e Bento VI compõem a lista dos papas que foram mortos, a maioria, a mando dos seus sucessores. Também já houve papisa; uma mulher conseguiu se passar por homem e ficou seis meses como papa, até ser descoberta.

Mas, a Igreja Católica enfrenta agora uma crise que só encontra precedente no cisma comandando pelo frei rebelde Martinho Lutero, no século 16. A crise envolve intrigas e desvio de dinheiro no Vaticano, combinada com a redução do rebanho de fiéis.

Uma parte da população optou pela pregação da prosperidade, que é a tônica dos evangélicos, e deixou de lado a penitência do catolicismo.

A renúncia do papa Bento 16 surpreendeu pelo ineditismo do ato – só dois papas até hoje renunciaram o papado – mas, quem acompanha de perto a política da Santa Sé não se surpreendeu tanto assim.

Aliás, o próprio Bento 16 já havia tocado no assunto, ou seja, já havia comentado a possibilidade de o papa renunciar.

E o por que o papa Bento 16 renunciou?

Porque é preciso conter a expansão dos mulçumanos e evangélicos na África, coisa que Bento 16 não podia por questão de saúde e pela procedência: é um branco europeu e só um papa negro pode salvar a Igreja Católica.

É verdade que os papas Vitor I, Melquíades e Gelásio I eram africanos. Mas não eram negros e agora a Igreja Católica elege um papa negro, ou perde a disputa pelos fiéis africanos– o que seria a derrocada do reinado do Vaticano.

Daí, o próximo papa será negro. Mas, não é por reparação e sim por estratégia. Isto, se os teóricos do catolicismo tiverem juízo; caso contrário, vão apressar o “juízo final” da Santa Sé e atender o que já vem pregando o bispo Edir Macedo – que prometeu acabar com o Vaticano.