Três bandidos, dois deles menores, foram contratados para roubarem os pneus do carro de uma empresária em Brasília. Seqüestraram-na, estupraram-na, mataram-na e depois queimaram o corpo.
Presos, o maior confessou o crime com tanta naturalidade que a delegada não suportou o cinismo e a periculosidade do monstro.
O maior vai responder pelo crime preso, e os dois menores serão “internados” e estarão livres quando completarem 18 anos. Os dois menores não terão ficha criminal, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Tem sido assim no país inteiro; é como se houvesse uma combinação nacional num verdadeiro conluio criminoso, de Maceió a Macapá; de Macapá a Porto Alegre; de Porto Alegre a Brasília e assim por diante.
É incrível como esses menores, muitos deles sem instrução regular primária, conhecem os “seus direitos” e até fazem ameaças:
- Bata em mim; dê em mim pra você ver! Eu tiro a sua farda! – dizem sempre quando são abordados ou presos.
Mas quem ensinou a esses menores os direitos que eles têm de poder roubar e matar impunemente? Só pode ter sido o maior de idade que o mantém para a execução dos seus planos criminosos.
A discussão sobre a reforma no Estatuto da Criança e do Adolescente está no Congresso Nacional para ser relatada pelo senador Eduardo Suplicy, que parece estar tendo dificuldade para ajustar o que ele pensa ao que a sociedade deseja.
Alguma coisa precisa ser feita, mas a hipocrisia parece estar entravando. Alguns dos responsáveis pela reforma pensam uma coisa, mas não declaram com receio de contrariara modernidade, as ONGs e aos direitos humanos.
De nada adianta reduzir a idade penal; se hoje o limite é 16 anos, se baixarem para 15 o crime passará a usar menores de 14 anos e assim sucessivamente.
Mas, ninguém até agora teve coragem de defender o correto. E o correto, para mim, é o que vigora nos Estados Unidos: o menor bandido não é diferente do maior bandido, são ambos simplesmente bandidos e como tal devem ser tratados.
E presos.