A coluna do jornalista Claudio Humberto, que é reproduzida em mais de 30 jornais no país, traz a nota sobre o senador Pedro Taques (PDT-MT), que deve ser o candidato da oposição para enfrentar o senador Renan Calheiros na disputa pela presidência do Senado.
Procurador de Justiça, Pedro Taques é acusado de proteger a “máfia dos combustíveis” no Mato Grosso. A esposa dele é advogada dos donos de postos de combustíveis no Mato Grosso.
Como se vê, na disputa pela presidência do Senado, o que não falta é pano pras mangas. Taques nega, claro, e diz que está processando o jornalista que o denunciou, mas isto é a praxe e não o exclui a priori da culpa.
Afinal, o certo é que a “máfia dos combustíveis” no Mato Grosso escapou ilesa. Isto deve ter acontecido graças à competência advocatícia da esposa do procurador, que hoje é senador e também quer presidir o Senado.
Longe de nós discutirmos a competência da sra. Taques.
E por falar em combustível, o gás é que não falta no Senado para acender a chama das vaidades e das tramas nessa disputa que estava ficando cruel. Mas, repetimos, não há sinceridade nos ataques ao senador Renan Calheiros.
Quem acompanha o blog sabe que, desde 2007, quando eclodiu a crise que levou Renan à renunciar a presidência do Senado, a minha posição é de coerência. No resto do país eu não sei, mas em Alagoas eu fui o único jornalista a se expor para defendê-lo por convicção.
Do mesmo modo que defendi e defendo o Collor no processo de impeachment que sofreu. Você pode não gostar do Collor, mas quando deixa de entender que o impeachment dele foi uma sacanagem política-jurídica todos os seus argumentos se tornam inúteis e o seu caso em relação a ele – ou elle – é outro, quem sabe até sexual.
Freud já explicou.
Assim também é em relação ao senador Renan, que foi denunciado por um procurador que age como agente político-partidário. O procurador Roberto Gurgel nega, é claro e eu também negaria, mas apresentar uma denúncia exatamente às vésperas de uma eleição na qual Renan é favorito é no mínimo estranho.
E não deve pairar nenhuma estranheza no ato jurídico.
Por que não denunciou antes, se o processo tem 7 anos? Falta de tempo ou esperava-se que o senador se lançasse candidato à presidente do Senado?
Pois bem; na verdade, o que está por trás das denuncias contra Renan é apenas a tentativa desesperada da oposição para evitar que o PMDB consolide o seu domínio no Legislativo.
Não é apenas o Senado que o PMDB está muito perto de conquistar, mas também a Câmara.
E, para aguçar a ira, são dois nordestinos: um de Alagoas e o outro do Rio Grande do Norte. Não foi por acaso que também denunciaram o deputado federal Henrique Alves (RN).