A situação do município de Olho d’Água Grande é precária. No Diário Oficial do Estado (DOE) de ontem (28), a prefeita da cidade, Maria Suzanice Higino, a Suzi (PP), decretou situação de emergência pelos próximos 90 dias. De acordo com informações colhidas pelo blog, o município passa por grandes dificuldades administrativas em pouco menos de 30 dias da nova gestão. 

O ex-prefeito que foi derrotado nas urnas, Antônio Lima de Araújo (PDT), candidato à reeleição, deixou a cidade em ‘estado de abandono’. Carros sucateados, obra incabadas, salários atrasados, prédios públicos deteriorados e vários problemas foram herdados pela nova gestora. Sem ter como administrar o município, a prefeita optou por decretar – ugentemente – situação de emergência para conseguir dar andamento aos serviços públicos prioritários para população.

Segundo informou Arnaldo Higino, esposo da prefeita e ex-prefeito de Campo Grande, a cidade encontra-se numa situação delicada. Em conversa com este blogueiro, Higino relatou os problemas enfrentados pela nova administração e revelou ainda que é necessário um tempo para conseguir colocar tudo em ordem.

“Para ser ter uma idéia, o ex-prefeito - quando perdeu a eleição e saiu do mandato em 31 de dezembro de 2012 - cancelou todos os convênios da Prefeitura de Olho d’Água Grande e isso tem prejudicado os municípes olhograndenses. Os salários dos funcionários estão atrasados por conta que ele – Antônio Lima – deixou de pagar os meses de novembro, dezembro e o 13º salário de 2012. A cidade está um caos e em condições precárias”, explicou Arnaldo Higino.

Ainda de acordo com Higino, o ex-prefeito de Olho d’Água Grande também não usou o dinheiro do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) - destinado à Educação – nas escolas da cidade.

“Teve uma verba no valor de R$ 300 mil que não foi aplicada corretamente. O valor seria destinado para três escolas do município, porém, nos prédios que deveriam ter sido reformados e receber pinturas, salas novas e boa infraestrutura, nenhum um ‘trinco’ foi colocado nas portas”, denunciou o ex-prefeito de Campo Grande.

Ao blog, Arnaldo Higino reafirmou também que todas as denúncias citadas estão protocoladas no relatório de gestão realizado pela Procuradoria Geral do município, ou seja, uma auditoria na Prefeitura. A prefeita de Olho d'Água Grande decretou situação de emergência por falta de documentos necessários à administração, ausência dos registros da folha de pagamento e de procedimentos licitatórios, bem como, a constatação do atraso no pagamento de salários.

Como não houve uma transição de governo, outro problema econtrado ainda é a falta dos computadores que ‘sumiram’ desde o ano passado. Com isso, ficou inviável para nova gestão trabalhar sem os dados comprobatórios dos gastos da administração anterior.

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