Os dados foram passados pela Assessoria de Comunicação do prefeito de Penedo, Március Beltrão (PDT), onde o rombo na Prefeitura do município já ultrapassa os R$ 60 milhões. Desde que assumiu o comando do Executivo penendense, Beltrão encontrou vários problemas para administrar a cidade.

Numa atitude louvável – na última quinta-feira (24) - Március decidiu 'sacrificar' os salários de todos que compõem o primeiro escalão para ter condições financeiras de pagar o servidor público municipal. O motivo: débitos deixados pela gestão passada e o confisco do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Ficarão sem receber salários o próprio prefeito, vice-prefeito e todos os secretários – totalizando onze gestores de pastas que fazem parte do primeiro escalão da prefeitura - além do diretor presidente do Serviço Autônimo de Água e Esgoto (SAAE).

O rombo, segundo dados enviados ao blog, é de:

Salários em atraso dos servidores – R$ 6.448.302,28

INSS – R$ 47 milhões

Débitos com fornecedores até do dia 25 de janeiro - R$ 9.394.043,47

Total - R$ 62.842.345

O prefeito - em entrevista à imprensa – disse que o débito é impagável e que recebeu uma herança “maldita” deixada pelo seu antecessor. “Os débitos que herdamos são altos! Só com o Instituto de Seguridade Social (INSS), o débito alcança os R$ 47 milhões. Até esta sexta-feira (25), o montante é de R$ 62.842.345,75, referentes a fornecedores, ao INSS e salários em atraso. Essa dívida que herdamos é impagável”, afirmou.

Como publicamos – aqui no blog - anteriormente, a terceira parcela do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) foi zerada nas contas das Prefeituras. Nos decêndios dos dias 10 e 20, os prefeitos já foram supreendidos com o valor depositada e retido, ou seja, ficaram sem nenhum centavo.

Em Penedo, o Instituto de Seguridade Social (INSS) sequestrou R$ 847 mil - referentes aos débitos da gestão passada - dos meses de novembro, dezembro e parte do décimo terceiro dos servidores de 2012.

Portanto, a solução para não deixar que o funcionalismo municipal fique sem receber os salários do mês foi fazer com que os vencimentos - de janeiro - do prefeito, vice e todo secretariado seja depositado nas contas dos funcionários públicos.

De imediato, uma solução encontrada – mas não resolvida - diante de débitos altíssimos (R$ 62.842.345) que a gestão de Beltrão recebeu em quase 30 dias de mandato.

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