Segundo suplente de deputado federal na coligação liderada pelo PSDB, João Caldas descobriu que fez um mau negócio quando se filiou ao partido.
Para amenizar a carga do prejuízo, ele diz que “acreditou” no governador Téo Vilela e, por extensão, no vice-governador José Thomaz Nonô e no senador Benedito de Lira – que não são do partido, mas compõem o “triunvirato” que comanda o Estado.
E qual foi a promessa feita?
Foi a de arranjar um jeito de mantê-lo na Câmara Federal, caso não se elegesse. Caldas não se elegeu, ficou na segunda suplência, e aguarda o cumprimento da promessa.
Mas está perdendo a paciência.
Faltando menos de um mês para o recomeço da Legislatura, após o recesso, Caldas está vendo o caminho para Brasília se estreitar.
O pior é que todos sumiram. Caldas procurou o governador, o vice-governador e o senador Benedito de Lira em vão; não encontrou ninguém.
- “Tô disputando com o marechal Floriano quem fica mais tempo em pé na Praça dos Martírios, na frente do palácio, esperando para falar com o governador” – disparou.
É que, ao que tudo indica mudaram o curso do rio e o que foi acordado em 2010 não serve mais. O primeiro suplente, Alexandre Toledo, tem um projeto para 2014 cujo “padrinho” é o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
E o governador pernambucano também tem um projeto pessoal para 2014, que passa pelo fortalecimento da bancada do PSB na Câmara Federal.
Daí, o Alexandre Toledo deixou o PSDB e foi para o PSB com o aval do governador Téo Vilela – que é assim, ó, com o governador pernambucano.
Cansado de esperar e vendo o tempo passar, enquanto o caminho para a Câmara Federal se estreita, João Caldas ameaça ir para a oposição.
E diz que será um “xiita”.
PS - João Caldas diz que, se tivesse desistido da disputa em 2010, Rui Palmeira e Artur Lira não teria sido eleitos.