Embaraçado com os processos na Justiça devido às denúncias do Ministério Público Federal e Estadual, o ex-prefeito Cícero Almeida tenta se desvencilhar do terceiro processo que o indiciou na Operação Taturana usando o delegado federal Janderlier Gomes como testemunha.
O delegado federal, que não está mais em Alagoas, foi o presidente do inquérito da operação que apurou o desvio de dinheiro na Assembléia Legislativa, mediante empréstimos bancários pagos com o duodécimo.
- “Ele ( o delegado federal ) reconheceu que o meu depoimento foi o mais autêntico” – disse Almeida.
Almeida voltou a culpar o hoje deputado federal Chico Tenório pelo empréstimo de R$ 120 mil que saiu em seu nome (Almeida), mas que ele garante não ter visto “a cor do dinheiro”.
O ex-prefeito, que era deputado na época, disse que foi convencido pelos argumentos do então presidente da Assembléia, deputado Antônio Albuquerque, a pegar os R$ 120 mil emprestados para ajudar ao deputado Chico Tenório – que estava montando uma fábrica de laticínios.
O inquérito da “Operação Taturana” é o terceiro que o ex-prefeito enfrenta. Os outros dois se referem ao pagamento antecipado – o que é proibido no serviço público – a fornecedores da Secretaria Municipal de Educação – e este na esfera federal.
E, na esfera estadual, tem a denuncia sobre o desvio de R$ 200 milhões no contrato para coleta do lixo em Maceió.
Os amigos mais chegados a Almeida dizem que o ex-prefeito está preocupado com o seu futuro político. Existe o temor por parte dele de vir a ser condenado e se tornar inelegível, o que o deixaria no ostracismo até 2022.
Citado por Almeida nessa tentativa de se livrar no inquérito da Operação Taturana, o delegado federal Janderlier não discute se há ou não veracidade no que o ex-prefeito diz em relação ao empréstimo de R$ 120 mil.
Ou seja, pode ser verdade o que o ex-prefeito diz em sua defesa. Mas, o que ficou como prova foi o nome dele (Almeida) no” papagaio bancário.”