Uns dizem que foram os alemães, outros que foram os aliados, mas o certo é que a “contra-informação” prosperou mesmo foi durante a II Guerra Mundial.

Os teóricos do nazismo sustentavam que uma mentira repetida várias vezes torna-se verdade. Mas, muito antes de Cristo, o filósofo Sócrates já andava indagando o que era a verdade?

Sendo assim, é aconselhável entender a informação não apenas pelo que ela traz explícito. Muitas vezes, a contra-informação está tão disfarçada que praticamente some.

Exemplo:

Os Estados Unidos invadiram o Iraque porque o Saddam Hussein tinha armas químicas. Essa foi a informação.

Agora a contra-informação:

Os Estados Unidos invadiram o Iraque porque o Saddam Hussein estava convertendo toda a reserva de dólar do país para o euro e, quanta ironia, o Irã estava imitando-o.

Na segunda guerra mundial, os aliados pegaram o cadáver de um major que morreu na queda de um avião na África e jogaram no Canal da Mancha.

Era a tentativa de iludir os alemães e facilitar a invasão para libertar a França. Os aliados queriam fazer crer que a invasão se daria pelo Canal da Mancha – era a informação.

Agora a contra-informação: a invasão se deu na costa da Normandia.

O que o amigo internauta achou do filme sobre o Lula, exibido em horário nobre pela Rede Globo?

Vale dizer que muita gente chorou. Vale dizer também que a audiência da Globo foi lá pra cima, até parecia que não havia outros canais de televisão no país.

E vale dizer ainda que há poucos dias a mídia tentava envolver o Lula no mensalão. Foi ou não foi?

E que guinada foi essa, tão imediata assim, que levou o Lula ao estrelato? Ah, já sei: é a contra-informação.

O Barack Obama tem razão: o Lula é o cara. Para derrotá-lo nas urnas a oposição terá de arranjar um Carlos Lacerda – e, ainda, assim, torcer para que o Lula imite o Getúlio Vargas.

Porque no voto não vai dar.