O momento vivido pela Infraero – Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – não é dos melhores.
O acúmulo de reclamações não recai somente sobre as companhias aéreas e a ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil, já que o usuário também direciona severas críticas à gestão da Infraero.
As condições dos aeroportos brasileiros são precárias, perto do que se considera razoável, para suprir a demanda crescente de passageiros que desejam voar, vez que o transporte rodoviário, intermunicipal e interestadual, passa por uma crise sem precedente.
Comentários dão conta da existência de um movimento predatório para que a situação se agrave cada vez mais a fim de acelerar o processo de privatização dos principais aeroportos.
A crise na gestão teria como solução a privatização, assim como aconteceu em Guarulhos, maior terminal de passageiros e cargas do país.
Fica difícil acreditar em tal versão, mas quando se avalia o quadro real, o fato do complô passa a ganhar credibilidade, bastando pegar o caso dos aeroportos de Vitória e Aracajú, cujas estruturas físicas são incompatíveis com o crescimento e desenvolvimento dessas capitais.
Outro exemplo pontual foi o fato da empresa não ter dado uma justificativa satisfatória sobre a previsão de conserto do ar-condicionado do Aeroporto Santos Dumont.
Diante do calor do Rio de Janeiro, o mais ferrenho crítico da privatização mudaria de opinião se ficasse numa sala de espera que superou os 40 graus...