As pessoas falam mal do governo, como se já tivesse existido algum governo em Alagoas. Quem sabe é para embalar o sonho de um dia haver governo.

Há 50 anos vem se destruindo Alagoas; quando o último governador se elegeu eu tinha 10 anos de idade – hoje já passei dos 60, sem ver mais nada em construção no estado; só destruição.

Tudo o que tem em Alagoas e que funciona, e o que não funciona mais porque foi destruído pelos sucessores, é obra do governador Luiz Cavalcante, que foi eleito em 1961.

A Casal, a Ceal, a Codeal, o DER, o Produban, as adutoras e até o estádio Trapichão são obras dele. Algumas obras, iguais a Codeal e ao Produban, foram destruídas pelos sucessores.

Culpar o governo atual pela desordem é mais uma demonstração de que não há interesse em consertar nada; o interesse que predomina é a politicagem.

Alagoas está no folclore nacional, ó, faz tempo; não é culpa do governador Téo Vilela, cuja parcela é ínfima diante desses 50 anos de destruição e dilapidação do erário.

O episódio da explosão que matou uma policial e feriu outros policiais está sendo colocado na conta de um “desgoverno” que vem de lá de trás. Ou então, apontem uma obra ou uma ação governamental anterior capaz de estabelecer a diferença para melhor?

A fábrica de Picolé Caicó não serve mais para exemplo como “ação governamental”, porque o dono já revelou que se instalou por conta própria, ou seja, sem a ajuda do governo.

Então, nem isso! Nem o Picolé Caícó pode ser mais apresentado como exemplo de “ação governamental”.

Muita coisa faz a diferença entre Alagoas e os demais estados, mas a quem tem causado mais estrago é a mesquinhez política.

E essa mesquinhez vai agora ao orgasmo, pois, finalmente, apareceu o cadáver que faltava. Sabe o que eu acho?

Eu acho que começou o festival dos urubus...