A Igreja Católica decidiu entrar de vez para a ciber-cultura. O papa Bento XVI está no Twitter, repercute a idéia de que o papa é social, pelo menos do ponto de vista virtual. No dia 3/12, o Vaticano anunciou oficialmente a criação do perfil de Joseph Ratzinger no microblog, o Papa ‘twitará’ a partir do perfil @pontifex e começará a twitar no dia 12 de dezembro.

A imagem, de Bento XVI com seu tablet, e é da Apple, foi veiculada nos quatro cantos do mundo. No dia após o anúncio do vaticano, o perfil papal já contava com quinhentas mil pessoas, hoje contabiliza 1,2 bilhão de seguidores na rede social, para se ter uma idéia a população mundial está estimada em sete bilhões.

É fato que a Igreja católica anda perdendo seguidores, principalmente para as igrejas protestantes, mas é fato que ela busca chegar aonde nunca chegou e agora sem sair do Vaticano. A escolha no Twitter como plataforma não é em vão.

 A sociedade do século XXI é a sociedade do tempo instantâneo, onde as barreiras não são mais geográficas e o conceito de fronteira deve ser redefinido. A noção de tempo não deve ser mais a do século passado. E é aí que devemos redefinir o papel que cumpre o jornal impresso na sociedade do tempo real. A era da informação não permite mais o jornal do século XX.

O jornalismo impresso precisa ser a antecipação da notícia, ou melhor, a repercussão apurada da notícia do dia anterior. A expressão popular que sentencia, jornal de hoje notícia de ontem deve ser superada. Assim como foi superada a utilidade do jornal de ontem para embrulhar peixe, claro que pela invenção da sacola plástica.

Com a chegada da Igreja Católica na era das redes sociais virtuais, até a letra dos Engenheiros do Hawaii, O Papa é Pop que diz: “... qualquer nota qualquer notícia, páginas em branco, fotos coloridas...” ficou ultrapassada. O Papa agora é virtual e não poupa ninguém.

 

Aprigio Vilanova - estudante de Jornalismo da Universidade federal de Ouro Preto - Ufop - MG