Administrar um município parece que está cada vez mais complicado no Brasil. Em Alagoas, a situação vem se agravando a cada dia que passa por conta da redução nos repasses de recursos feitos pelo governo federal. Vários prefeitos eleitos e reeleitos reclamam da atual situação financeira que passa cada município. Entretanto, alguns gestores preveem que a crise financeira possa se estender até meados de junho de 2013.
Em conversa com este jornalista, o prefeito eleito da Barra de São Miguel, José Medeiros Nicolau, o Zezeco (PP), disse conhecer as dificuldades que deverá enfrentar quando assumir o mandato, em janeiro do próximo ano. Este ano - entre julho e agosto – o município passou por alguns problemas administrativos. (ver mais informações abaixo)
Apesar da cidade do litoral sul ser turística, rica em belezas naturais, grandes obstáculos financeiros terão que ser enfrentados. Uma delas, inclusive, trata-se dos repasses de recursos ao município que são baixos, mesmo a cidade sendo vista como “rica” por conta de mansões e casas de veraneios luxuosas.
Novo na política, Zezeco está otimista quanto ao mandato que terá que cumprir até 2016. Uma das primeiras medidas tomadas – de imediato - foi reduzir o número de secretarias e os cargos comissionados. De acordo com o prefeito eleito é preciso ‘enxugar’, cortar, reduzir despesas, iniciar o mandato com responsabilidade e administrar com mais cautela.
“Passamos de quatorze para seis pastas a partir de janeiro de 2013. Vamos reduzir o número de secretarias e cargos comissionados. É preciso fazer esse corte para administrar com mais seriedade e reduzir as despesas e os gastos. Desta forma, estaremos usando o dinheiro público corretamente”, explicou.
Ciente, o prefeito eleito disse que vai trabalhar para ajudar no desenvolvimento da cidade - além de focar nas pastas como saúde, educação, social, turismo e demais áreas críticas. Em busca de soluções para gerir o município, no início do mês, em Brasília, ao lado do senador Benedito de Lira (PP), Zezeco esteve com o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, discutindo projetos de infraestrutura, saneamento e urbanização para Barra de São Miguel.
De uma forma ou de outra, o estreante gestor tem se preocupado com os problemas de seu município. Eleito com 3.354 votos, José Medeiros Nicolau mostra-se esperançoso na gestão que pretende assumir pelos próximos quatro anos.
“Quero trabalhar para todos os moradores da Barra de São Miguel. Serei prefeito daqueles que moram, vivem e conhecem os problemas enfrentados diariamente na cidade. Os moradores barrenses terão um gestor que vai trabalhar na saúde, educação, social, infraestrutura, turismo e em todas as áreas. Fui eleito para ser o representante dos mais de sete mil e quinhentos habitantes e vou cumprir com o prometi durante a campanha”, disseZezeco.
Três prefeitos em 2012
Em julho deste ano, o Ministério Público Estadual, através do procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, denunciou ao Tribunal de Justiça o então prefeito da Barra de São Miguel, Reginaldo José de Andrade, por crimes contra a Administração Pública e a Lei de Licitações. Em agosto, o desembargador Orlando Monteiro Cavalcanti Manso acatou denúncia ofertada pelo MPE e determinou o afastamento de Andrade.
Logo em seguida, o vice-prefeito, George Raposo (PRB), conhecido como “Lelo Maia”, assumiu à Prefeitura. Em menos de uma semana, recém-empossado prefeito, Lelo renunciou ao cargo alegando que o município estava em falência com um débito que passava dos R$ 2,5 milhões.
Sendo assim, o presidente da Câmara Municipal de Barra de São Miguel, vereador Carlos Alves (PSC), aceitou tomar posse como prefeito da cidade. À época, Alves disse desconhecer a situação financeira do município e aguardava que o Tribunal de Contas de Alagoas (TCA-AL) envie as documentações comprovando que houve, de acordo com o que foi denunciado pelo ex-vice-prefeito, Lelo Maia, um “rombo” de cerca de R$ 2 milhões. Porém, Carlos Alves fica no comando do município até 31 de dezembro.
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