Gostaria de partilhar com vocês a alegria e a satisfação de fazer parte de um projeto vencedor. Um projeto de renovação. Com o fim das eleições da OAB/AL, resta agora analisar tudo que ocorreu e, principalmente, pensar no futuro. Como esse grupo de gente tão jovem vai poder fazer tudo o que prometeu ao longo da campanha? Esse é o desafio que nos espera. Esse desafio será vencido com a ajuda dos mais experientes, que foram determinantes para a vitória e também o serão para a gestão.
Muitos criticaram nosso slogan de campanha. Alegavam os adversários que não estaríamos fazendo renovação, pois havia, entre nós, nomes que já tinham experiência na gestão da OAB. Trata-se, obviamente, de uma pequena confusão. A renovação proposta não significava (nunca significou) uma completa destruição de tudo de bom que foi feito pela gestão anterior. Tratava-se, na verdade, como bem disse Thiago ao longo da campanha, de uma renovação de postura. Uma proposta menos centralizadora em que a Ordem seria gerida mais democraticamente. A autoridade do presidente seria sempre preservada, mas com a devida atenção aos membros de conselho e aos demais advogados. Foi assim que começou o movimento “Quero Fazer Parte” que, depois, se transformou em “Renova OAB”.
A crítica ao nosso slogan foi uma crítica política. Mas a campanha também foi marcada por ataques mais duros a nossa chapa desde o início. Primeiro éramos traidores, depois, advogados ricos que oprimiam os pobres (sério!), e, ao final, eramos apoiados por políticos que queriam influenciar a OAB. Todas as acusações eram, obviamente, falsas. Por um lado, nunca houve traição de ninguém, mas sim escolhas políticas legítimas. Por outro, ser rico ou pobre não é referência de caráter. Aliás, esse discurso que coloca advogados uns contra os outros sempre foi criticado por mim. Sempre achei que as pautas por melhoria da qualidade da atividade dos iniciantes seriam solucionadas com incentivos ao empreendedorismo e simplificação burocrática. Há muito o que fazer antes de uma revolução socialista na OAB.
Depois vieram as acusações de participação de políticos na campanha. Nesse caso, jornalistas repercutiram as ilações. Cada jornalista dizia quem apoiava quem e, segundo eles, todos os candidatos tinham apoio político. Sinceramente? Tudo chute. Matéria jornalistica em que não se ouve nenhum dos lados envolvidos e a informação é baseada em fontes “em off”, para mim, é chute ou matéria plantada. Como eu acredito em jornalismo sério, penso que é só chute mesmo. É que essa turma do jornalismo político gosta de meter política em tudo. Veem conspiração em todo canto e os dedos dos políticos por trás de qualquer coisa.
Eu posso dizer a vocês o que eu vi. Estive em campanha por Thiago Bomfim desde o início e posso dizer claramente e sem rodeios: nunca houve ingerência de políticos em sua campanha. Todos os que participaram da campanha eram advogados. Advogados dos mais variados ramos e das mais variadas preferências políticas e ideológicas.
Acho, porém, que tudo isso faz parte do embate político próprio às eleições da OAB. A única coisa que incomoda mesmo é a tal da baixaria. As acusações sem provas que alguns apoiadores e até candidatos andaram espalhando por aí. Não é só de e-mails sem assinatura que estou falando. Estou falando de gente que, na cara de pau, espalha boatos sabidamente inverídicos sobre seus desafetos. É isso mesmo. Para alguns, a divergência transforma o outro em um desafeto. Uma pena.
Digo, porém, que esse não foi o clima generalizado, e a minha experiência nessas eleições foi muito gratificante. Mais gratificante ainda foi ver que nosso trabalho propositivo e sereno, evitando a resposta aos ataques pessoais e enfatizando as propostas e a ideia de renovação deram frutos. E que frutos!
Foram 707 votos a mais que o segundo colocando, transformando esse pleito numa eleição histórica para a OAB, que normalmente é muito acirrada. A abordagem propositiva, nem de longe agressiva, o tratamento cordial aos adversários e a alta representatividade da chapa foram muito importantes para uma votação tão expressiva. Porém, o posicionamento firme, mas sem populismo, diante da recente crise da gravação sobre compra de anuidades foi determinante. Mostrou um pouco da forma institucional com que Thiago tratará esse tipo de problema. Sem perseguições, apenas aplicando a lei e o devido processo legal.
Porém, nada disso seria capaz de levar à vitória da chapa 3 sem o sujeito que liderou todos esses advogados tão heterogêneos. Advogados de ideologias e crenças tão diferentes só poderiam ser liderados por alguém como Thiago Bomfim. Foi ele quem comandou todo o processo e possibilitou que cada membro da chapa e advogados apoiadores pudessem participar da melhor forma possível.
Tenho certeza de que sua liderança, seu equilíbrio, sua capacidade de ouvir e sua propensão ao diálogo, determinantes para a vitória nas eleições, também será determinante para levar essa gestão renovada a ser uma das melhores da história da OAB. Assim espero e farei tudo o que estiver ao meu alcance para que isso seja realidade.
Aproveito para agradecer a todos que levaram meus argumentos em consideração e acreditaram no projeto. Agradeço demais a confiança e prometo fazer o que estiver ao meu alcance para não decepcioná-los.