Faltando pouco mais de um mês para o ano terminar, o marasmo na política alagoana não deixa brechas para os “videntes” fazerem os seus prognósticos costumeiros.

Nunca se viu um estágio tão confuso na política alagoana, como esse agora, onde ninguém pode fazer sequer conjecturas para 2014.

O governador Téo Vilela não decidiu se concluirá o mandato ou se vai se afastar para disputar a única vaga no Senado.

O senador Fernando Collor só decidiu que será candidato em 2014, que pode ser para a reeleição, ou o governo do Estado – tudo depende para onde a biruta apontar, no momento.

O senador Renan Calheiros ouviu da presidente Dilma, ainda no começo do ano, que poderia disputar o governo do Estado, mas Renan não comenta o assunto. Ele diz que ainda é cedo.

Com o cavalo passando selado para levá-lo à presidência do Senado, Renan optou por uma postura de eqüidistância, mas sem perder o foco. Aos que insiste pela definição, o senador diz:

-“Disputei uma eleição difícil (2010) e os alagoanos me elegeram para ser senador. Eu não posso sair agora por aí dizendo que sou candidato a isso ou aquilo. Eu fui eleito para ser senador e quero honrar o mandato que o alagoano me deu”.

O senador Renan, portanto, desconversa.

Se o governador Téo Vilela optar por concluir o mandato, qual será o “plano B” do vice-governador José Thomaz Nonô – que deseja hoje disputar o governo?

Dizem que se o Téo optar por concluir o mandato, o candidato a governador é o (ainda) secretário estadual de Saúde, Alexandre Toledo.

É o que eles dizem.

Tem ainda o senador Benedito de Lira, que sonha com a candidatura para o governo, e o ex-governador Ronaldo Lessa, que perdeu o entusiasmo por uma candidatura majoritária e deve disputar uma vaga na Câmara Federal em 2014.

Sim, e o prefeito Cícero Almeida?

Quanto ao Almeida só uma coisa é certa: ele não será candidato a governador. E se a previsão do médico Hélio Moraes se concretizar, pode ser até que o ainda prefeito de Maceió nem possa ser candidato a nada em 2014.

É que o Ministério Público Estadual e Federal pegaram o Almeida pelo pé e deram um nó dificílimo de desatar. São dois processos pesados nas costas de Almeida, que estará nos próximo dois anos “descoberto” da “impunidade parlamentar”.

Quem se arrisca a fazer previsão sobre 2014 esbarra nessas peculiaridades da política alagoana.

Mas, há sim, uma expectativa com a eleição de Rui Palmeira para a Prefeitura de Maceió. Se Rui se sair bem nesses dois primeiros anos, o quadro política será alterado e, talvez por isso, justifique-se o marasmo de agora.