O futuro prefeito Rui Palmeira quer um técnico para a secretaria de Saúde e dizem que esse técnico vem de fora. Seria uma indicação do ex-ministro da Saúde, José Serra.
De fato, a questão da saúde se junta ao caos no trânsito para desafiar o futuro prefeito de Maceió. Se conseguir resolver os dois problemas, Rui Palmeira se tornará inesquecível.
O problema da saúde em Maceió é de gerenciamento e honestidade, mas o problema do trânsito é de espaço – que o futuro prefeito terá de encontrar onde, aparentemente, não há.
Por exemplo: a Avenida Fernandes Lima tornou-se conhecida nacionalmente pelo comentário de uma turista paulista no “facebook” sentindo falta do congestionamento em São Paulo.
Segundo a turista, “o inferno na Fernandes Lima é pior”. E deve ser mesmo, porque quanto mais se mexe no trânsito pior fica.
E qual a saída para resolver o caos na Fernandes Lima?
Só tem uma (saída) e essa (saída) vai causar reboliço. Trata-se de acabar com o canteiro central e com a Praça do Centenário.
No meio da Avenida Fernandes Lima, onde hoje tem o canteiro, seria aberta uma pista no estilo das “canaletas” que existem em Curitiba. Pelas “canaletas” só trafegam ônibus, ambulância ou viatura policial.
A praça do Centenário seria o terminal para os ônibus procedentes do Tabuleiro do Martins (Benedito Bentes, Eustáquio Gomes, etc.). A partir do terminal da Centenário, outros ônibus fariam a interligação com a parte baixa da cidade.
O projeto é supimpa, mas vai haver uma chiadeira interminável. Os “ecologistas” vão protestar contra o corte das árvores no canteiro da Fernandes Lima e na praça do Centenário; as empresas de ônibus vão chiar porque terão de dividir o trajeto; os políticos oportunistas vão apoiar a chiadeira para sair bem na foto; os demagogos vão fazer discursos inflamados contra a “descaracterização urbana”; O Ibama vai tentar embargar a obra, enfim, a reação negativa será grande.
Mas, não tem jeito, porque não dá para espichar a terra e a Avenida Fernandes Lima já deu o que tinha de dá em terra limpa. Agora só lhe resta a “cabeleira”