Segundo o prêmio nobel de economia de 1976, o americano Milton Friedman, "não existe almoço grátis". Tal frase se aplica como uma luva aos últimos festivais gastronômicos patrocinados fortemente por grandes bancas da advocacia e quiçá com a ajuda de políticos renomados de Alagoas.


As farras, regadas a muito malte escocês envelhecidos em barris de carvalho de dezenas de anos, são ofertadas diuturnamente aos colegas advogados e advogadas com o intuito "fraternal" de conquistar votos, mostrar "propostas" e posar em fotos quase sempre "photoshopadas" (ficou bonito o neologismo agora) para mostrar volume e enganar incautos dando a falsa sensação de que realmente é disso que os advogados precisam: WHISKY E CIRCO!


Todavia, toda esta gratuidade e benevolência de alguns companheiros candidatos esconde a verdadeira intenção de usar a Ordem dos Advogados do Brasil como moeda de troca ou manutenção de poder. Realmente nada será de graça, demonstrando a verdade na assertiva do americano mencionado, uma vez que não é crível que se gaste milhões em uma campanha para se trabalhar voluntariamente sem nada receber.


Alguém irá cobrar esta fatura da categoria e com certeza quem irá pagar esta conta seremos todos nós advogados e advogadas e, por  tabela, a própria sociedade.


(Mais uma vez insisto em demonstrar nosso portal da transparência para dirimir qualquer dúvida acerca dos nossos gastos, no site www.prerrogativaeaordem.com.br).


Então, amigos e amigas, sobre a ostentação gastronômica e etílica, enseja renovar a pergunta do querido amigo blogueiro Ricardo Mota; "Por que os advogados de Alagoas têm tanta fome?"


Será que a fome realmente é dos advogados-eleitores, ou esta fome e sede seriam mais adequadas a alguns advogados-candidatos? Fome de quê? Sede de quê?


Fico com a resposta da canção da banda titânica, "a gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte", e a saída só vejo uma: uma OAB livre e independente!