Participei desse importante evento e, muito triste, li a notícia que reprosuzo abaixo, retirada do site do Ordem Livre (ordemlivre.org). Eis aí como são nossos fascistas.
Liberdade na Estrada e Intolerância
POR MAGNO KARL · 31/10/2012 ·
A busca de uma universidade plural e aberta ao debate deve ser mais do que uma palavra de ordem em um panfleto qualquer. Na maioria das vezes, ela se realiza diariamente longe dos gabinetes das direções, mas nas atitudes de professores e estudantes. A liberdade de debater ideias deve vir necessariamente acompanhada da tolerância em relação às ideias que discordamos. Sem tolerância, não há debate.
Pelo quarto ano consecutivo, o OrdemLivre e seus parceiros promovem o Liberdade na Estrada, evento que percorre durante um mês diversas universidades brasileiras. Os eventos são abertos e gratuitos, e se propõem a debater livremente ideias que acreditamos ser relevantes para estudantes e a população em geral de cada cidade. Nesses quatro anos, fomos somos sempre bem recebidos nas universidades por onde passamos.
Nas últimas semanas, o grupo Não Quebre a Janela trabalhou na divulgação do evento que realizaremos daqui a pouco em Maceió. Nesse tempo, um fator chamou bastante a atenção de todos os envolvidos na organização: o desaparecimento dos cartazes do evento.
Outras fotos mostram o mesmo rapaz retirando cartazes e posando com eles, orgulhoso da sua estupidez. A identidade do intolerante, sua filiação partidária ou universidade não importam nessa discussão. Não é ele. Não é a UFAL. Esse é um fenômeno recorrente em várias partes do Brasil.
Ao invés de comparecerem para debater, alguns estudantes preferem sumir com os cartazes de um evento, na esperança de que esse ato fará com que as ideias que o Liberdade na Estrada leva às universidades irão desaparecer.
Mas elas não desaparecerão.
Continuaremos hoje à noite em Maceió e a partir de amanhã seguiremos para outras quatro cidades, que receberão os cinco eventos restantes dessa edição. As ideias da liberdade continuarão conosco na estrada, e as levaremos por onde formos. Com ou sem microfones. Com ou sem cartazes. Nesse ano e nos próximos que virão.