O furacão nos Estados Unidos está tão perto de nós quanto a Capadócia, mas o que a geografia separa o retardamento mental une.
Meu sobrinho Apolinário Júnior postou no facebook que gostaria de ver os Estados Unidos preocupados com a seca no Brasil, tanto quanto os brasileiros estão preocupados com o furacão que atingiu a costa Leste da Terra do Tio Sam.
Eu também.
O pior é que essa disputa não fica assim restrita a uma tragédia da natureza; entre nós brasileiros prospera o “vírus” da pequenez e o que não é bom para os Estados Unidos, também não é bom para nós.
Do mesmo modo, o que é bom para São Jorge não é bom para o dragão. A novela da Globo levantou a discussão e pôs em confronto católicos e evangélicos, e isto sem deixar sequer que o enredo se embalasse.
Antes, o país parou para saber quem matou o Max. Que se dane as mortes diárias nas capitais, com estatística de guerra, porque o primordial era saber da morte do Max.
Aqui em Brasília, onde resido há dois anos, todas as televisões – com exceção da Record, claro – divulgaram uma nota garantindo que, na hora da novela, não haveria o risco do “apagão” porque a CEB (Companhia de Eletricidade de Brasília) estava com uma verdadeira brigada de plantão.
E entramos agora no galope de São Jorge, porque ele pode matar o dragão e isto implica num milagre que levará à recuperação da fé romana e apostólica.
A não ser que São Jorge empreste o dragão para o Djavan.