O trade turístico marcou presença no workshop de observação de aves. Empresário, entidades e associações conheceram e discutiram o segmento que está se desenvolvendo em Alagoas. A ação – que aconteceu no dia 30 de outubro - é uma realização da Secretaria de Estado do Turismo e do Maceió Convention e Visitors Bureau em parceria com o Sebrae.

Na abertura da capacitação, diretora da Setur-AL, Sandra Villanova, afirmou que esse é um momento de oportunidade para Alagoas. “Vamos iniciar novas ações com o segmento de observação de aves, este, que tem grande potencial no Estado e está se consolidando. São exemplos de municípios que já trabalham com o segmento: Maceió, Pilar, Traipu e Murici”, explicou.

Já Tariana Carvalho, superintendente do MCVB, disse que o momento agora é de consolidar o turismo de observação de aves. “Quando vamos captar um evento apresentamos atrativos diferenciais, como o sertão e a região dos Quilombos, agora, podemos agregar mais um segmento”, assegurou.

No evento foram apresentados indicadores nacionais e locais. Maria Antonieta, bióloga e especialista da área exibiu dados e indicadores nacionais. “A observação de aves é uma coleção de registros auditivos e fotográficos e acontece em períodos de baixa temporada turística, devido à necessidade de pouco fluxo de turistas e do silêncio para observar”, explicou.

Hoje, no mundo, existem nove mil espécies de aves, já no Brasil são 1.832 espécies, dessas, 222 só tem no Brasil, ou seja, são endêmicas. Em Alagoas existem cerca de 500 espécies. Segundo revista americana, o gasto com esse tipo de turismo chega a 80 bilhões de dólares por ano.

De acordo com o relatório Birdwatching, de novembro de 2009, existem 100 milhões de observadores de aves no mundo. São diversos os motivos que trazem o observador a viajar, como ambientes de conversação, recomendação, possibilidade de outros atrativos, boa estrutura hoteleira, entre outros.

Maria Antonieta assegurou que Alagoas tem muito potencial para trabalhar com esse segmento. “Em um dia de passeio conheci seis novas espécies que não tinha em minha coleção”, comemorou.

O especialista local, Sergio Leal, afirmou que Alagoas já trabalha com o segmento, mas que precisa se fortalecer, além de apresentar espécies do bioma alagoano, como: o pintor-verdadeiro o udu-de-coroa-azul-do-nordeste, a choquinha-de-alagoas, o zidede-do-nordeste, a Papa-taoca, o beija-flor-de-costas-violetas, o azulão e o chupa-dente. Outros especialistas apresentaram boas práticas, como Carlos Rizzo que mostrou o trabalho feito em Ubatuba e o Helder Brandão que apresentou o Refúgio Ecológico Caimam. Foram parceiros da ação: Hotel Meridiano, Sueca Comedoria, ABIH-AL, MCVB e SEBRAE.

Eventos

Em novembro, Maceió sediará o Congresso Brasileiro de Ornitologia, no evento também será realizada a 1ª Feira Nacional de Aves do Brasil, que é uma ação pioneira de Alagoas.