Dizer que o país parou para saber quem matou o Max é exagero, mas não é exagero afirmar que a novela da Globo mexeu com a maioria da população e não apenas de mulheres, mas alguns homens também.

Foi assim também aqui em Brasília; nos bares do plano piloto a televisão – e em alguns bares, mais de uma televisão – ligados na Globo por exigência da clientela feminina, na maioria, e masculina.

Todos querendo saber quem matou o Max e sobre a Carminha, dois personagens que refletem na ficção a vida real. E esse é o segredo do sucesso da novela.

Confesso que não assisto novelas, mas isto é porque não gosto muito de assistir televisão. São raros os programas de televisão que assisto, no entanto, não posso deixar de reconhecer o poder da Globo.

Aliás, gostem ou não da Globlo, a emissora do “doutor Roberto Marinho” tem o mérito de ter nacionalizado a linguagem num país de dimensão continental. Graças à Globo, a gente se entende do Oiapoque ao Chuí e até nos cafundós da Amazônia.

Imagine que eu conheci aqui em Brasília dois índios, um se chama Roberto e o outro Carlos, numa alusão à palavra Roberto Carlos que o pai dele ouviu sabe onde? Na televisão no posto da aldeia, ou mais precisamente, num show do Roberto Carlos num final de ano, onde?

Na Globo.

Não foi, portanto, só em Maceió que a população parou para assistir o último capitulo da novela do Max e da Carminha. Foi no país inteiro.

Gente! A violência está muito grande. Pois não é que mataram o Max? Graças a Deus não foi em Maceió.

E que país é esse?

Sei não. Isso é melhor você perguntar lá no Posto Ipiranga.