E depois das homenagens emocionantes que todos nós professores sempre recebemos dos alunos pela passagem do nosso dia, resta a pergunta: e agora como fica a carreira mais importante e cada dia mais desvalorizada do magistério?


Outra. Por que será que temos que nos contentar tão somente com a paixão pela sala de aula e o reconhecimento valoroso de todos e com uma política salarial tão absurdamente desproporcional ao valor da digna profissão que abraçamos com amor e carinho?


Tome-se como exemplo o descaso com a greve dos professores universitários federais que durara longos e tenebrosos quatro meses e só acabara por vontade dos docentes em não prejudicar o alunado em mais uma demonstração de compromisso unilateral da classe com o ensino.


Resta saber se será sempre assim, ou seja, contentar-se com o estrondoso e acalalentador reconhecimento feito todo dia 15 de outubro por toda a sociedade brasileira e permanecer na mendicância de atenção por condições dignas de trabalho e um salário que represente a honra de envergar como bastiões a bandeira da educação, infelizmente, sempre na condição de “amigos da escola”, porque como dizia o saudoso e genial Chico Anísio em um de seus mais famosos bordões: “E o salário ó”!