A única chance que o prefeito Cícero Almeida tinha para se manter indiretamente no poder era eleger o sucessor. Isto é elementar, mas o prefeito perdeu novamente o cavalo selado.
Almeida demorou muito para anunciar o secretário Mosart Amaral como o seu candidato e fez muito pouco, quase nada, para emplacar o nome dele (Mosart).
O prefeito teria de fazer com Mosart o que o Lula fez com a Dilma e imagine que entre Dilma e Mosart tem a coincidência de ambos serem técnicos e nunca terem exercido cargo eletivo.
Só para se ter uma ideia, a candidatura de Mosart Amaral inviabilizaria o slogan de Rui Palmeira sobre “a novidade”, sobre “o novo”, etc.
Agora é tarde.
Almeida será o grande derrotado dessa eleição porque ficará sem mandato, sem poder e sem amigos – que não confiam nele. Pior: com dois processos pesados nas costas, que vão torná-lo “ficha suja” e impedi-lo de disputar eleição por oito anos.
Os ex-amigos que Almeida traiu estão rindo à toa. O senador Benedito de Lira, por exemplo, diz que tudo estava escrito nas estrelas; o governador Téo Vilela comemora a separação do prefeito e os “amigos” atuais veem o prefeito sob o “olhar 43”.
Almeida semeou a tempestade que vai colher a partir do dia 1º de janeiro de 2013, mas, antes, arrastou o “chapão” para o buraco.
E o PMDB, que não tem tendência para “kamikaze”, já tratou de sair fora – no que fez muitíssimo bem. E o último a sair, por favor, apague a luz.