Pablo Neruda diz que cada um é livre para fazer suas escolhas e que delas nos tornamos prisioneiros de suas conseqüências. Cabe-nos, portanto, decidir quais caminhos, como e de que forma nossas vidas seguirão.
Profissão, casamento, amizades, política, grupo de estudos, esportes, cultura, família, cuidados com a saúde etc., todos estes segmentos nos obrigam a tomar ATITUDES e estas estão umbilicalmente ligadas à liberdade que possuímos em escolher o que fazer (ou simplesmente não fazer).
As realizações pessoais, em sentido lato, estão sensivelmente vinculadas à busca pela satisfação de saciar a incessante busca pela felicidade, que se não pode ser constante e perene, deve marcar a maioria dos momentos vividos, sob pena de uma vida repleta de decepções, tristezas e frustrações. E alguém que vive frustrado amarga o mais lindo amanhecer do despertar de qualquer primavera (Hoje acordei poético, hehehe).
O pacto pela felicidade, portanto, deve ser realizado como corolário da liberdade do agir, pensar e realizar.
É certo que algumas ações devem estar ligadas a algum quantum de sacrifício, pois caso contrário tornar-se-ia o presente texto em um manifesto hedonista e irresponsável, e não é bem isso que queremos traduzir ao querido leitor que nos honra com a presença neste blogue há quase dois anos.
Correr, por exemplo, exige que vençamos a preguiça e a zona de conforto, que abandonemos práticas sedentárias e que haja uma quantidade enorme de sacrifício e boa vontade.
Não adiantaria falar, por exemplo, que a corrida ajuda na prevenção e até no tratamento de doenças como o câncer de mama que só no Brasil mata 12500 mulheres por ano, que ajuda no controle da obesidade, que traz benefícios cardiorrespiratórios, que ajuda no controle da diabetes, que ajuda nas enxaquecas crônicas etc etc etc se não conseguirmos visualizar na corrida uma meta de satisfação pessoal com umbilical ligação com a felicidade.
A corrida, para mim, assim como a advocacia, a sala de aula, as minhas ações junto à Ordem dos Advogados do Brasil, meus estudos, escrever livros, estudar, prosear, estar com minha família, com meus filhos, com minha esposa, com meus amigos, é momento de puro êxtase.
E só realizo cada ação porque enxergo em cada uma a realização pessoal que me sacia a necessidade da busca da felicidade. Por isso me aprisiono a estas escolhas de forma a cumprir uma pena perpétua e sem livramento condicional à vista (ou à prazo, hehehe agora fiquei meio engraçadinho).
Logo, hoje não vou tentar convencê-los de que correr faz bem à saúde, mas testemunhar que a corrida é também momento de busca da felicidade interior, quem corre vive mais, mais feliz, mais ousado, mais hiperativo, mais saciado, mais equilibrado.
Por isso corra, mas só corra se a felicidade estiver dentro de cada passo e em cada batida do seu corpo. Corra, mas sempre em busca da felicidade, pois depois de se aprionar a ela, viverá realmente feliz para sempre até que a morte os separe (e ela demora a chegar para quem corre, hehehe).