Os ataques do candidato Jeferson Moraes ao candidato Rui Palmeira, do mesmo time, pode ser entendido como estratégia da campanha tucana – é essa a leitura que se faz do quadro sucessório em Maceió.

Quando Jeferson “bate” no Rui, retira parte do discurso de Lessa e, com isso, parte do eleitorado.

Tem também outro detalhe dessa estratégia, que é o fato de o eleitor do prefeito Cícero Almeida ser o mesmo eleitor de Jeferson – até porque, Cícero e Jeferson têm a mesma origem política.

Se é assim, convenhamos, trata-se de uma jogada inteligente dos tucanos que atingem o adversário sem fazer barulho. Com a agonia de Lessa causada pela peleja judicial, a estratégia está logrando êxito.

E também tem a “onda anti-PT” nas capitais, que vai eleger Arthur Virgílio, em Manaus, e ACM Neto, em Salvador. Essa “onda” disseminou-se pelo país, ainda que a presidente Dilma mantenha-se em alta em popularidade.

Restabelecendo-se de uma cirurgia em São Paulo, o candidato Ronaldo Lessa tem a próxima semana como decisiva. E sabe que, qualquer que seja o resultado no julgamento do recurso do TSE, ele já perdeu tempo e dinheiro para a campanha.

Não é fácil levantar fundos para um candidato “sub-judice”.

Ou seja: se o TSE confirmar a sua candidatura, Lessa terá de acelerar para recuperar o tempo perdido com a indefinição causada pela decisão do TRE de impugná-lo. E se o TSE não confirmar a candidatura, Lessa segue assim mesmo candidato para brigar depois no Supremo Tribunal Federal no caso de se eleger prefeito.

É uma situação realmente complicada, como jamais se viu na disputa pela Prefeitura de Maceió.