A Internet, a mobilização pela lisura na eleição, as campanhas publicitárias promovidas pelo Tribunal Superior Eleitoral, tudo isto junto e misturado influenciou na formação do “novo eleitor”.

Esse “novo eleitor” maceioense está projetado nos números das pesquisas do Ibope, contratada pela TV Gazeta, e que não ficaram distantes do que o GAPE já havia divulgado.

A vitória do candidato Rui Palmeira deve servir de alerta àqueles que ainda teimam em repetir a tática obsoleta de campanha, com ênfase à agressão e ao grito. O “novo eleitor” não tolera mais essa encenação e exige “algo novo”.

E o “algo novo” nessa campanha para prefeito de Maceió é o Rui Palmeira. Não se trata rigorosamente de discutir o pueril, porquanto a jovialidade do candidato é apenas um detalhe; o Rui é o “algo novo” exatamente porque fez o caminho inverso dos adversários – que não são velhos, mas se tornaram jovens velhos e de cabeça comprometida com o passado recente.

Na pesquisa do Ibope não basta se fixar nos números que mostram quem está na frente, mas, principalmente, nos números que projetam a rejeição do candidato. É por aí que caminha o eleitor.

Outro detalhe interessante é que na primeira pesquisa do Ibope deu-se o empate técnico, com o candidato Rui Palmeira obtendo 30% das intenções de votos contra 28% para Ronaldo Lessa. Menos de trinta dias depois, Lessa caiu para 22% e Rui Palmeira subiu 18% para emplacar 48% da intenção de votos dos maceioenses.

Há de se considerar que Lessa enfrenta um adversário extra, que é a Justiça Eleitoral. Esse adversário extra tanto ataca o eleitor, que na dúvida não vota no candidato “sub judice”, quanto o financiador de campanha – que não vai arriscar o dinheiro.

Ocorre que a elástica diferença que o candidato Rui Palmeira vem colocando leva à conclusão de que a opção do eleitor independe disso ou daquilo. Ou seja: o eleitor já havia decidido pelo “algo novo” e aí não adianta empurrar o carro ladeira acima.

Tá tudo mesmo dominado.