Terminado o ciclo Suruagy, em 1997, deu-se o vácuo na política alagoana. Mas, o vácuo não existe e em 1998 o Ronaldo Lessa, que quase perdeu uma eleição para vereador de Maceió, se elegeu governador.

Seria o novo líder estadual e tinha tudo para sê-lo, mas cometeu erros que um líder não comete e se perdeu. Desfez-se então a dupla do “vôlei político”: Ronaldo Lessa e Kátia Born, e novamente deu-se o vácuo.

Mas, o vácuo não existe e o governador Téo Vilela, que não queria ser governador, se elegeu enquanto guardava o lugar para o senador Renan – de quem se separou, sem que o eleitor até hoje seja capaz de entender.

Lessa perdeu a eleição para o Senado, quando teve a maior chance para ser senador; outra chance daquela é difícil.

O vácuo não existe, mas a política em Alagoas ainda não encontrou o líder para substituir os que já se foram. Juntam-se então todos no mesmo barco e tal qual a “Arca de Noé” a onça finge não está vendo o bode, até que o esbarrão seja inevitável.

E dessa “Arca de Noé” pode sair a candidatura do senador Fernando Collor a prefeito. É só sacolejar mais um pouco, com força.

Uma coisa só é certa na eleição este ano em Maceió: é que Arnon de Mello, Rui Palmeira e Teotônio Vilela não morreram. Enquanto isso, Lessa precisa de uma injeção de reabilitação política e o prefeito Cícero Almeida precisa se cuidar para não “morrer” no dia 1º de janeiro, à tarde, às 3.

E quanto ao senador Renan Calheiros? Bem, quanto ao senador Renan, quando fez dobradinha para o Senado com o Téo, os dois foram os senadores proporcionalmente mais votados do país. Renan em primeiro e Téo em segundo.

A carreira solo não tem sido boa para os dois.

Moral da história: a eleição este ano em Maceió não vai eleger apenas o futuro prefeito, mas aquele que possa conquistar o vácuo político que Lessa, Kátia e Almeida ocuparam, mas não souberam conquistar.