O PT e os candidatos apoiados pelo partido, e pelo ex-presidente Lula e a atual presidente Dilma, estão muito mal nas eleições municipais este ano, especialmente nas capitais.
O ex-senador Arthur Virgílio, um dos tucanos que Lula alvejou na eleição de 2010, deve ser eleito prefeito de Manaus.
Em Salvador, o fantasma ronda o PT; em Belo Horizonte o PT enfrenta a pedreira e em São Paulo não chegaria ao segundo turno se a eleição fosse hoje. E tudo indica que amanhã nem depois o PT chegará ao segundo turno em São Paulo.
O que se passa se Lula e Dilma são bem avaliados pela opinião pública? Como explicar esse quadro adverso, se os dois estão bem na fita?
Será que o eleitor dissociou Lula e Dilma do PT? Ou seja: o eleitor deixou de vinculá-los ao PT, de modo que não associa mais o partido à dupla?
É isso o que está parecendo.
Esse quadro adverso na eleição nas principais capitais tem efeito didático, principalmente para a presidente Dilma, que é bem mais dura de negócio que Lula.
Se a oposição sair fortalecida na eleição este ano, em 2014 a reeleição de Dilma vai exigir um minucioso trabalho de paciência para não espantar a caça. E Dilma é conhecida por perder fácil a paciência e endurecer o jogo.
E endurecer o jogo significa ceder espaço.
Mas, afinal, o que está se passando com o PT na eleição municipal este ano?