A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realiza, quinta e sexta-feira (23 e 24), a partir das 9h, no Hotel San Marino, na Ponta Verde, o I Encontro para Formação e Implantação das Coordenações Municipais de Controle de Infecção em Serviços de Saúde. O objetivo é estimular a criação de Coordenações de Controle de Infecção Hospitalar e evitar o desenvolvimento das chamadas superbactérias.
O evento é dirigido a secretários municipais de saúde e representantes dos estabelecimentos de saúde de 14 municípios alagoanos. De acordo com o diretor da Vigilância Sanitária Estadual, Paulo Bezerra, foram escolhidas cidades que possuem hospitais com Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), onde as infecções costumam aparecer mais frequentemente.
“Sempre alertamos que a população não deve ficar alarmada ou com medo da ocorrência de infecções hospitalares, mas temos que preparar as unidades para evitar esse problema, que pode causar mortes”, salienta Bezerra. Segundo ele, o índice de infecções hospitalares no Brasil chega a 17%, enquanto nos países desenvolvidos essa média não ultrapassa os 5%.
A programação do evento conta com a palestra da técnica da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar nos Serviços de Saúde do Paraná, Cláudia Ribeiro. Ela apresentará experiências bem-sucedidas como a criação das Coordenações Municipais de Controle de Infecção em Serviços de Saúde.
Também durante o evento, a médica patologista do Laboratório Central de Alagoas (Lacen-AL), Ivoneide Barroso, vai falar sobre a importância dos laboratórios para o controle das infecções hospitalares.
“Durante o encontro vamos mostrar que a infecção hospitalar pode ser adquirida no momento da internação do paciente, 72 horas depois ou 48 horas após a alta médica. Daí a necessidade de que os hospitais criem as comissões, que são responsáveis pelo diagnóstico de casos suspeitos e pela padronização das técnicas de assepsia, promovendo treinamento para os funcionários”, disse.
Paulo Bezerra enfatiza a importância de higienizar as mãos, principalmente no ambiente hospitalar; do dispensador de álcool gel; do uso de papel toalha; não sentar na cama do paciente e não colocar o material de limpeza do paciente no chão; e da remoção das bactérias da pele do paciente por meio do banho. “É importante que o profissional de saúde possa evitar sair do hospital com jaleco, pois isso favorece a contaminação por bactérias”, orienta.