O empresário Antônio de Pádua Bandeira, o Toni Bandeira, e o estudante Leonardo Pereira Lima prestaram depoimento ao juiz Maurício Brêda sobre a morte da estudante de Fisioterapia, Giovanna Tenório. A audiência, convocada pelo magistrado, aconteceu nesta terça-feira (22), no Fórum Jairon Maia Fernandes, no bairro do Barro Duro.

De acordo com o promotor do Ministério Público Estadual (MP/AL) José Antônio Malta ,a audiência foi realizada para esclarecer “algumas dúvidas” nos depoimentos prestados por Leonardo, que era íntimo da vítima.

Segundo Marques, novos nomes surgiram durante os depoimentos e estas pessoas deverão ser convocadas para também prestar depoimento. “Ainda não sabemos quando serão esses novos depoimentos, mas estamos aguardando a posição do juiz”, afirmou o promotor.

A jovem Mirella Granconato, acusada de ser a mandante do crime, e o caminhoneiro Luiz Alberto Bernardino, também denunciado pelo Ministério Público, estiveram presentes no Fórum, mas não participaram dos depoimentos.

O conteúdo dos depoimentos não foi divulgado para não atrapalhar as investigações.

Relembre o caso

Giovanna Tenório foi encontrada morta no dia 06 junho de 2011, em estado de decomposição avançado, num canavial, no município de Rio Largo. O corpo da estudante estava enrolado em um lençol e apresentava sinais de violência nas costas. Os peritos também encontraram um cordão de nylon no pescoço. A universitária estava com os mesmos trajes que usava quando desapareceu.

Antônio Bandeira e a mulher, Mirella Granconato tiveram seus nomes relacionados ao rapto e morte da estudante. Giovanna já manteve um caso amoroso com o empresário que havia negado que era casado. Tudo foi descoberto em uma festa em uma boate noturna de Maceió, onde Tony estava na companhia da mulher que flagrou um suposto encontro entre ele - o marido, e Giovanna.

As duas teriam discutido bastante e chegaram a trocar empurrões. Dias após, Mirella chegou a ameaçar por telefone a ex-amante do marido, que manteve alguns encontros com Tony às escondidas, conforme relatos de amigos da estudante.

No dia que a jovem desapareceu, ela teria avisado a família, antes de sair de casa, que não retornaria para almoçar. Giovanna passou a manhã participando do estágio do curso que era matriculada, no Cesmac. O estágio acontecia no Dique Estrada, região Sul de Maceió.
Ao retornar do estágio Giovanna teria falado a amigas que ia almoçar com um 'amigo' em um restaurante localizado próximo da agência do Banco do Brasil da Avenida Thomaz Espíndola, no bairro do Farol.

Amigas de Giovanna alegam que a estudante não falou o nome do 'amigo', mas demonstrava muita alegria. Foi esse 'amigo' que teria telefonado para ela pedindo para se apressar, pois já estava aguardando a moça. Este foi o último dia que amigos e parentes viram Giovanna com vida.

As investigações foram acompanhadas pelo Grupo Estadual de Combate ao Crime Organizado (Gecoc), do Ministério Público Estadual e juízes da 17ª Vara de Maceió, responsável pelas investigações de crimes praticados por grupos organizados.

Tony e a mulher alegam, em suas defesas, inocência na participação desse caso. Os dois chegaram a confirmar um relacionamento dele com a estudante morta e as brigas de Mirella com Giovanna.