O ministro da Justiça José Eduardo Cardoso determinou ao diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Coimbra, que fosse feito um levantamento dos agentes que faltaram ao serviço em razão da greve dos servidores federais para que fosse efetuado o corte no ponto. Porém, a determinação não intimidou os grevistas que mantém a greve.
A determinação do ministro também prevê investigação pela Corregedoria da PF da conduta de policiais que não estejam desempenhando suas funções de acordo com a lei e, em razão disso, estejam prejudicando a prestação de serviço ao público.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais em Alagoas (Sinpofal), Tomé Cavalcante, a determinação do corte do ponto não intimidou a categoria. “A determinação do ministro é legal e nós já estávamos esperando. Só que é isso que eles querem, nos intimidar. Vamos manter a greve até segunda ordem”, afirmou Cavalcante.
Nesses casos, se os agentes da PF não retornarem às atividades, poderão enfrentar processo administrativo e ficar sujeitos às "medidas disciplinares cabíveis", segundo determinou o ministro José Eduardo Cardoso.
Ainda segundo o presidente, novas reuniões acontecem ainda essa semana para tentar um acordo. “Após a reunião desta terça-feira, haverá uma assembleia para que a categoria decida os rumos da greve. Mas deixo claro que não vamos nos intimidar”, afirmou o presidente do Sinpofal.
Na segunda-feira (20), os agentes realizaram um manifesto no Aeroporto Zumbi dos Palmares, localizado no bairro do Tabuleiro dos Martins, eles entregaram panfletos e orientaram a população. O Superior Tribunal de Justiça deferiu o pedido do governo e proibiu operações-padrão em todos os aeroportos, portos e fronteiras do país sob pena de multa diária de R$ 200 mil.