Um protesto causado por uma dissidência do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário (Sinttro/AL) vem causando muitos transtornos desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (20) aos usuários de ônibus em Alagoas.

Os ônibus estão impedidos parcialmente de circular e, pelo menos, dois deles foi atacado por manifestantes, sendo que um ficou destruído.

O presidente do (Sinttro/AL), Écio Ângelo, já disse que a entidade não organiza o protesto e acusou os empresários das empresas de ônibus de terem organizado este protesto por conta do impedimento pela Justiça do aumento da tarifa de ônibus de R$ 2,10 para R$ 2,30.
"O sindicato está ao lado dos trabalhadores na luta. Esse protesto foi a empresa São Francisco que começou e pediu para que os funcionários fizessem", afirmou o presidente.

A manifestação tevê início na porta da garagem da empresa Piedade, localizada no bairro do Tabuleiro dos Martins, mas existem ônibus parados no Centro e no Tabuleiro. Houve princípio de confusão e briga entre trabalhadores que queriam trabalhar e outros que tentavam evitar que os ônibus saíssem.

Para o cobrador da empresa São Francisco, Paulo Sérgio, a empresa São Francisco não está por trás do protesto. “A empresa não tem nada haver, nós estamos aqui porque a situação está saturada. Nós estamos dois meses sem aumento, sem nada. Nós queremos que o Ministério Público chame agente e os donos das empresas para negociar”, disse.
 

 

 

 

 Passageiros obrigados a descer

Além de sofrerem com a falta de ônibus os usuários tiveram que descer dos coletivos no Tabuleiro e no Centro, na Avenida de Góes Monteiro os manifestantes fecharam a via e deixaram o tráfego lento no local.

Ainda segundo Paulo, houve confusão entre os passageiros e os manifestantes. “Teve confusão porque eles já haviam pagado as passagens e ninguém quer ser lesado. Tirei dinheiro do meu bolso para acabar com a confusão. O sindicato não está do nosso lado e nem diz a verdade”, afirmou o cobrador, mostrando ainda que o novo sistema de catraca implantado deve causar demissões em massa dos cobradores.

O gerenciamento de crise da Polícia Militar esteve no local para tentar negociar com os cobradores e motoristas das empresas. De acordo com o capitão Perdigão, nenhum acordo, até o momento foi feito. "Eles querem que na reunião do dia 29 deste mês, uma solução seja tomada. Eles querem aumento de salários e outras reivindicações. Até o momento o protesto é pacífico", afirmou.

Os motoristas e cobradores que fazem parte do protesto negam a participação dos empresários, mas o presidente do Sinttro/AL diz que existe uma reunião marcada para o próximo dia 29 no PMT e ele não vê motivo para este protesto.