Tem duas coisas no Brasil que as autoridades, principalmente do Poder Judiciário, devem ficar atentas e jamais decidirem favoráveis antes de enquadrá-las. Tratam-se das greves e das ONGs, principalmente as ONGs ligadas à defesa do meio-ambiente no Amazonas.
A greve é uma manifestação legítima, mas se e somente se não ferir o direito do próximo – ainda que esteja longe. E quando se trata de greve de policiais, então, a situação é ainda mais grave porque é uma categoria de servidor público com prerrogativa de portar arma.
A cena dos policiais entregando as armas ao “movimento grevista” é “kahô”. Ou seja: é simples encenação porque o policial não tem apenas uma arma.
Quando os sem-terra se manifestam armados de foice e facão eles não estão apenas reivindicando direitos, mas afrontando as instituições e ameaçando a sociedade. Quem vai discutir com um manifestante armado bloqueando as rodovias?
Todos estão vendo esses absurdos, mas ninguém fez nada para coibi-los e essa omissão estimula a prática – que vai descambar para o pior, quem sabe com a invasão do prédio do Supremo Tribunal Federal.
Em Brasília, na semana passada, os servidores públicos em greve tentaram invadir o Palácio do Planalto e foi preciso muito “spray”de pimenta para barrá-los.
Nenhuma categoria de servidor público no país está sendo mais prejudicada com os soldos baixíssimo e a falta de condições de trabalho que os integrantes das Forças Armadas. Numa série de reportagem no portal G1, um general disse que o Brasil só dispõe de munição para brigar 1 hora.
Já imaginaram se um general se revolta e coloca tanques e canhões na rua para protestar – legitimamente – contra essa situação?
Essa possibilidade não é remota, porque de tanto ver triunfar a omissão das autoridades todos vão querer buscar a seu modo os benefícios que só deveriam ser concedidos com base na lei, na ordem, na civilidade e na negociação.
Sobre as ONGs ligadas ao meio-ambiente na Amazonas eu não devo generalizar, mas reafirmo que, a priori, todo ambientalista é um punguista. Essas ONGs na Amazonas são biombos de organismos internacionais que cobiçam as riquezas da selva Amazônica.
No caso das hidrelétricas, a reação não é e nunca foi em defesa do ambiente e sim para impedir que a energia elétrica e o desenvolvimento cheguem às áreas que a cobiça estrangeira pretende manter às escuras para camuflar a pilhagem, a pirataria e o roubo mesmo.
Os índios que reclamam são “inocentes úteis” e quando a Justiça decide favorável a eles é mais uma vitória para a gangue que saqueia e ameaça o país.
Temos um exemplo claro em Alagoas com a inauguração esta semana da planta de PVC da Braskem, que transforma o Estado no maior produtor de PVC da América Latina. Pois bem: esta planta é o resultado de uma luta que vem desde 1982.
Em 1982, um grupo de alagoanos sacanas rotulados de ambientalistas fez um relatório e mandou para o Ministério da Indústria e Comércio posicionando-se contrário à expansão da produção baseada no cloro.
Esses sacanas alagoanos eram (são) aproveitadores, mas antes disso, são os vermes que corroem o Estado. Jamais deveriam existir, mas infelizmente existe. Felizmente, apesar deles a planta de PVC saiu.
Mas as autoridades não devem nunca entenderem essa luta como natural, porque não é. Trata-se, na verdade, de uma luta onde de um lado está o interesse nacional e do outro o interesse de aproveitadores – e entre eles, os punguistas disfarçados de ambientalistas.