O diplomata e escritor com mais de dez obras publicadas no Brasil e exterior, o professor alagoano Renato de Mendonça completa 100 anos em 23 de dezembro deste ano e terá sua vida literária discutida por personalidades de renome do universo acadêmico e cultural, em 3 e 4 de outubro na Associação Comercial de Maceió, em Jaraguá. Dois livros do homenageado foram relançados pelo Ministério das Relações Exteriores, e o intitulado “A importância Africana no Português do Brasil” será uma das obras estudadas e discutidas no seminário.
A Fundação Casa do Penedo, com o apoio da Prefeitura do Pilar, vai trazer a Alagoas o presidente da Fundação Alexandre Gusmão do Itamaraty, embaixador José Vicente Pimentel e o também embaixador Paulo Roberto de Almeida, do Ministério das Relações Exteriores, do Itamaraty. Eles vão debater temáticas relevantes sobre a vida e carreira profissional do homenageado. A abertura do evento, dia 3 de outubro à noite, contará com uma exposição de fotos, medalhas, condecoração, entre outros objetos que pertenciam ao Renato Mendonça. O acervo pertence à Fundação Casa do Penedo e foi doado por Vera Marina, filha do Renato Mendonça.
Outras diplomatas e estudiosos da cultura negra da Bahia e Pernambuco – um dos maiores focos do legado intelectual deixado pelo homenageado – vão abrilhantar as discussões do evento, a exemplo da especialista em línguas africanas, Yeda Peixoto. O presidente da Casa do Penedo, Francisco Sales, um psiquiatra apaixonado pela cultura afro, diz que não há nada melhor para celebrar um intelectual do que estudar e conhecer sua obra. “É justamente isso que a Casa se propõe nos seus 20 anos (que serão comemorados em setembro). A instituição pretende trazer à discussão a obra do Renato no seu centenário”.
Um dos atrativos da data comemorativa também será a fotografia do Renato de Mendonça pintada pelo mexicano Diego Rivera, que traz em um primeiro plano o livro que apresentado no seminário pelo embaixador Pimentel, com o estudo introdutório da professora Yeda, da Universidade Federal da Bahia. O evento deve atrair estudantes e professores de História, Letras e demais estudiosos de áreas afins.