O Corinthians quer seu torcedor ligado ao clube mesmo após a morrer. A diretoria do clube negocia com uma empresa a construção de um cemitério exclusivo à torcida alvinegra. O local ainda não foi definido pelos dirigentes, mas o estudo tem como alvo a região do ABC paulista.

De acordo com Luis Paulo Rosenberg (foto), vice-presidente do Corinthians, a criação de um cemitério particular seria uma forma de homenagear os torcedores que externaram sua paixão pelo clube em vida e reforçar a ideia de “amor eterno” ao Corinthians.

“A única certeza que todos nós temos é que morreremos. O corintiano será corintiano até depois da vida. Isso todos sabem. E [no cemitério para corintianos] depois da vida ele saberá que não ficará ao lado de um ‘chato’”, disse o vice-presidente do clube.

O Corinthians ainda não definiu o modo como pretende operar na negociação de jazigos, mas deve ficar com uma porcentagem menor, enquanto a empresa ainda não definida ficaria com a maior parte. A empresa terceirizada cuidaria do cemitério, enquanto o clube usaria sua marca para atrair corintianos.

“Ainda estamos em negociação e a previsão é que isso seja acertado em janeiro de 2013”, acrescentou.

Inédito no país, o cemitério particular entre clubes já existe na Argentina e Alemanha. O Boca Juniors criou em 2006 uma área para o enterro de ídolos da equipe e de torcedores.

Na inauguração das sepulturas, em 2006, foram depositados os restos mortais de duas lendárias figuras do Boca: os goleiros Juan Estrada e Júlio Elías Musimessi.

O Hamburgo, da Alemanha, também possui cemitério exclusivo, com capacidade para 500 jazigos e que fica próximo ao estádio do clube.