As obras do Maracanã, estádio que vai sediar a final da Copa do Mundo e a abertura das Olimpíadas do Rio, completaram dois anos na última sexta-feira. Com 62% do caminho andado, o projeto já não se pode dar ao luxo de atrasos. Restam apenas sete meses até o prazo de entrega do estádio, para que ele possa ser usado na Copa das Confederações, em 2013. Até lá, todas as etapas da obras estão rigorosamente planejadas, afirma Miriam Gleitzmann, gerente de projetos na Empresa Municipal de Obras Públicas (Emop). "Estamos correndo contra o tempo, mas estamos confiantes de que vai estar pronto. Está tudo correndo bem", ela diz. De acordo com Miriam, toda a estrutura metálica do estádio será concluída até o fim de agosto, e em novembro haverá o que os engenheiros chamam de "big lift": todo o telhado do estádio será erguido ao longo de uma semana. A decisão de demolir a cobertura original e substituí-la por uma cobertura de lona tensionada, tomada por motivos estruturais, encareceu a obra de 20% a 30%, afirma Miriam. Inaugurado para a Copa do Mundo de 1950, o Maracanã havia passado por uma reforma geral recente para abrigar os Jogos Panamericanos de 2007. A obra consumiu mais de R$ 200 milhões à época, mas não adequou o estádio às exigências da Fifa. A escalada do orçamento da nova reforma tem motivado polêmica nos últimos anos. A previsão atual está em R$ 896 milhões, mas Miriam diz que este valor ainda não inclui alguns itens de acabamento e deve aumentar.