Segundo cartolas com trânsito na CBF, a cúpula da entidade estuda iniciar uma reformulação na seleção brasileira trocando auxiliares diretos de Mano Menezes. A fórmula muitas vezes tem o efeito de uma casca de banana. Quem pisa nela fica irritado e pede demissão.
Um dos mais ameaçados é auxiliar técnico e ex-volante do São Paulo Sidnei Lobo, parceiro de Mano há quase dez anos. Foi jogador dele no Iraty.
Igualmente na mira dos cartolas está Rafael Vieira, analista de desempenho tático. Ele conheceu Mano no Grêmio, em 2005. Fazia a observação tática das categorias de base. O treinador gostou do trabalho e desde então estão juntos.
O Além de demissões, fala-se internamente na confederação sobre a contratação de Milton Cruz, auxiliar técnico no São Paulo e que já discutiu publicamente com Mano num jogo com o Corinthians.
Amigos do treinador afirmam que ele já está descontente e acreditam num pedido de demissão.
Sob a condição de anonimato, um cartola gaúcho e interlocutor do técnico diz que o treinador não aguenta mais o desgaste sofrido desde José Maria Marin assumir a presidência da CBF.
Por essa versão, declarações de que só resultados manteriam o técnico no cargo e a exigência do conhecimento da lista de convocados 48 horas antes da divulgação irritaram Mano, que, friamente, evitou demonstrar em público o sentimento.
Segundo amigos do treinador, ele analisa que não encontraria problemas para se recolocar no mercado. Fora da seleção conseguiria um salário maior do que o pago pela CBF, cerca de R$ 300 mil. Felipão e Muricy Ramalho, por exemplo, ganham mais de R$ 700 mil.