O Grupo de Alto Nível da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) prepara para hoje (14) a emissão de um comunicado sobre a crise instaurada no Paraguai após a destituição do então presidente Fernando Lugo do poder, em 22 de junho. Representantes dos 11 países (a exceção é o Paraguai) analisaram documentos sobre a situação política no território paraguaio e apresentarão uma avaliação sobre o assunto.

A Unasul, assim como o Mercosul, suspendeu temporariamente o Paraguai sob o argumento de que é necessário restabelecer a ordem no país. Os líderes sul-americanos têm dúvidas sobre a forma como Lugo foi submetido ao processo de impeachment, que ocorreu em menos de 24 horas. Para os líderes, não houve tempo hábil para ele se defender.

O documento sobre a situação no Paraguai será apresentado hoje pelo secretário-geral da Unasul, Ali ​​Rodríguez (Venezuela), e pelos representantes da Argentina, Rodolfo Mattarollo, da Bolívia, Juan Carlos Alurralde, do Brasil, Guilherme Patriota, da Colômbia, Horacio Serpa, do Chile, Arturo Fermandois, e pelo embaixador do Uruguai no Paraguai, Juan Enrique Fischer. Guiana e Suriname também estão representados.

No Paraguai, as atenções estão voltadas para a reunião do Conselho da Organização dos Estados Americanos (OEA), no próximo dia 22, como informa a Presidência da República paraguaia. O representante do Paraguai na OEA, Hugo Saguier Caballero, disse estar confiante e que as expectativas “são boas”.

"[A reunião no dia] 22 ocorre exatamente dois meses [depois da destituição de Lugo] e o país vive em paz e em tranquilidade, sem qualquer inconveniente. Vocês são testemunhas do que acontece em nosso país”, disse o embaixador paraguaio.