O governo de Buenos Aires chegou a um acordo com os funcionários do metrô para um aumento salarial de 23%, fazendo com que o serviço fosse reestabelecido nesta terça-feira, após dez dias de paralisação.
O metrô, que é usado diariamente por um milhão de passageiros, voltou a funcionar depois do acordo firmado entre a Associação Gremial de Trabalhadores do Subte e Pemetro (AGTSyP) e a empresa concessionária, Metrovías. O acordo, segundo os trabalhadores, foi 'transitório', porque eles mantém a reivindicação por um aumento de 28%, além de outras melhorias.
'O conflito continua, mas decidimos voltar por respeito aos usuários e trabalhadores', disse o secretário-geral da AGTSyp, Robert Pianelli.
A greve provocou um intenso enfretamento entre os governos de Cristina Kirchner e do conservador prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, que trocaram acusações desde o início da paralisação da categoria.
O governo nacional transferiu a responsabilidade sobre o metrô para a cidade em janeiro, mas retirou os milionários subsídios com que financiava o sistema de transporte.
Apesar da forte chuva que caiu nesta terça-feira na capital argentina, a normalização do serviço de metrô melhorou o trânsito em Buenos Aires, que durante dez dias foi caótico. EFE