A quadrilha responsável pelo sequestro, em Atalaia, do fazendeiro Edvaldo Ribeiro dos Santos foi presa pela Polícia Civil de Alagoas. O crime aconteceu no dia 1º de agosto deste ano, na casa da vítima que é um fornecedor de cana da região. Apesar da prisão de quatro pessoas, dentre elas um menor de idade, os agentes ainda buscam novos integrantes do bando que atua no interior do Estado.

O líder Cícero Sebastião dos Santos, 32, conhecido como “Neguinho” ou “Moleza” está entre os presos. Maria Francisca do Santos, 42, e Cícero Macário da Silva, 52, cunhada e irmão do líder, também foram detidos numa residência localizada no povoado Periperi, em Boca da Mata. Um filho do casal de apenas 16 anos foi apreendido.

Segundo as investigações policiais, comandadas pela diretora da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), delegada Ana Luiza Nogueira e o coordenador da Antissequestro, delegado Antônio Nunes, o grupo atuava nos municípios de Atalaia, Chã do Pilar e Boca da Mata.

Durante um cumprimento de mandados expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, os policiais apreenderam foices, revólveres, pistola de fabricação alemã, além de quatro aparelhos celulares que eram utilizados para fazer o contato com as famílias das vítimas.

A ficha criminal do líder da quadrilha é extensa. Cícero Sebastião é fugitivo do Sistema Prisional de Alagoas, assim como em Pernambuco. Ele responde por crimes nas varas de Colônia Leopoldina e Atalaia, além da morte de um casal de evangélicos e é investigado num crime cuja vítima é um membro do Ministério Público da Bahia.

A quadrilha foi apresentada à imprensa durante uma coletiva. Questionado sobre sua atuação em Alagoas, o líder procurou inocentar os familiares. “Eles não tem culpa, nem envolvimento em nenhum desses crimes. Vou pagar pelo que fui responsável”. Já sobre as três fugas que possuí do sistema prisional, o sequestrador foi taxativo. “Fujo porque a maioria dos agentes penitenciários é corrupta”.

 

 

 

O delegado Antônio Nunes garantiu que a polícia segue investigando o grupo e à caça de outro integrantes. Pelo menos duas pessoas seguem sendo procuradas, acusados de participação da quadrilha. “Esse foi um trabalho conjunto entre Antissequestro, Deic e a 17ª Vara. As investigações procedem e esperamos chegar aos outros integrantes”, finalizou.

A delegada Ana Luíza Nogueira informou, na coletiva, que somente este ano a Divisão Especial de Investigação e Capturas já prendeu 140 pessoas envolvidas em organizações criminosas com atuação em Alagoas.

O grupo foi levado para a Casa de Custódia da Polícia Civil.