O deputado Ronaldo Medeiros (PT) falou, durante sessão na Assembleia Legislativa, na tarde desta terça-feira (14), sobre o atentado que sofreu, na última semana, quando deixava a cidade de Porto Real do Colégio. O parlamentar usou a tribuna da Casa de Tavares Bastos para relatar aos seus colegas o que aconteceu. O assunto foi abordado também por outros deputados.

Medeiros afirmou que irá solicitar uma audiência com o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e com a secretária nacional de segurança Pública Regina Mikki para que o fato seja informado a essas autoridades. O parlamentar aproveitou para fazer críticas ao Plano de Segurança e à falta de estrutura das Polícias em Alagoas.

“Não adiantar atacar a criminalidade em Maceió e Arapiraca, e o resto como fica?”, indagou Medeiros defendendo a intensificação de blitze nas rodovias estaduais do interior do estado. “Quem tem medo dessas barreiras é marginal. Em relação aos militares da Força Nacional, o custo é alto cerca de R$ 10 mil. Nós vemos viaturas e armas, mas na prática, a violência está aí. O Plano está indo para o brejo, está havendo mais crimes”, disse o petista.

O deputado mandou ainda um recado para o secretário de Defesa Social Dário Césa. “Tem que exigir condições”, frisou Medeiros relembrando que quando o fato ocorreu ele tentou registrar um Boletim de Ocorrência na delegacia de Igreja Nova, mas não havia computador no local. “Eu sou da paz e podia ter entrado para as estatísticas”, complementou.

Jusdon Cabral (PT), Antônio Albuquerque (PTdoB), João Beltrão (PRTB), Gilvan Barros (PSDB) e Jota Cavalcante (PDT) se solidarizaram com o colega. “Imagino a situação da população de cidades que estão abandonadas. O estado não pode ser desmoralizado por situações como essas”, disse Judson.

“Não sei o que falta acontecer em Alagoas? Graças a Deus o senhor (Ronaldo Medeiros ) teve paciência. Em Alagoas, não se sabe o que vai acontecer. Isso foi uma atitude de marginal. Não podemos ficar calados”, colocou Beltrão. Já Albuquerque disse que o motorista de um dos carros que atingiu o veículo de Medeiros não pode ser tratado como “cidadão”.