Uma história atravessada da História do Brasil conta sobre a morte do primeiro bispo do país, dom Pero Fernandes Sardinha, devorado pelos índios caetés na costa onde hoje é o Estado de Alagoas, mais precisamente, em Coruripe.

É uma história atravessada porque o bispo estava viajando para Lisboa com a missão de “dedurar” o filho do terceiro governador-geral, que era um devasso, velhaco e irresponsável – segundo se dizia na época.

Ao atracar para reabastecer na costa alagoana, o bispo foi atacado pelos índios. Foi devorado pelos caetés.

Ou será que o filho do terceiro governador-geral do Brasil não mandou matar o bispo, que ia lhe entregar à corte lisboeta, e colocou a culpa nos índios?

No romance “Caetés”, o grande Graciliano Ramos criou o personagem Valério que andava pesquisando e escrevendo sobre o episódio do bispo, mas sem concluir pela veracidade da notícia até hoje oficial.

Sei lá! Mas será que tem algo entre o primeiro bispo do Brasil, comido pelos caetés alagoanos, e o estaleiro em Coruripe? Na condição de supersticioso, eu fico de cá a bater três vezes na madeira: será que não é a maldição do bispo contra o estaleiro?

Só sendo.

Pois não é que Alagoas peleja para receber a licença do Ibama para construir o estaleiro em Coruripe, enquanto Pernambuco já recebeu três licenças ambientais? Isto mesmo, gente, Pernambuco quer construir agora o terceiro estaleiro.

Deve ser porque em Suape ninguém comeu o bispo...