Em 2002, a Assembleia Legislativa fechou um acordo com o então governador Ronaldo Lessa e abriu mão de indicar o conselheiro do Tribunal de Contas.
Pelo acordo, que não se sabe quanto rendeu na época e para quem, o Legislativo aceitou aprovar a indicação de Otávio Lessa.
Logo, as quatro vagas do Legislativo na composição do TC alagoana já estão preenchidas. Sabe-se agora, pelo esperneio dos deputados diante da decisão do Tribunal de Justiça, que não foi um bom negócio para o Legislativo – mas, isto é matéria vencida.
O deputado Fernando Toledo, que pleiteia a vaga de conselheiro do TC, tem todos os atributos para exercê-la; é um economista e um executivo bem sucedido na vida privada, com bagagem no Legislativo, mas é a vítima do acordo feito em 2002.
Não dá mais para reverter a situação, pois a própria Assembleia sabatinou e aprovou a indicação de Otávio Lessa. A única possibilidade é se pudesse parar o tempo e voltar a 2002, e aí começar tudo de novo.
Além do resultado acachapante no Tribunal de Justiça, e que foi desfavorável, a Assembleia ainda tem mais esse obstáculo para transpor no Supremo Tribunal Federal.
O sonho de Toledo de se tornar conselheiro do TC tem tudo para terminar como pesadelo, porque ele é vítima do mecanismo que a própria Assembleia Legislativa criou. Ou de um acordo que não foi feito em troca de nada, mas é nada o que sobrou para a Assembleia atual.