Há tempos que a Polícia Federal não passa por uma situação tão complicada no que diz respeito a dinheiro.
A contenção de despesas imposta ao órgão, desde o início do governo atual, gerou prejuízos de difícil reparação às operações em andamento.
Neste ano de eleições municipais a situação se agravou, pois o planejamento operacional para prevenção e repressão ao crime eleitoral sequer foi elaborado.
As superintendências regionais e delegacias descentralizadas da PF sofrem com a falta de recursos, principalmente os destinados ao pagamento de diárias, indispensáveis para concretização de diligências em outros municípios que não façam limites com o da sede.
Assim é o caso de Alagoas, que não possui delegacias no interior do estado, e depende de concessão de diárias para qualquer atuação da PF além dos municípios do entorno de Maceió.
Como não fosse o bastante, o achatamento salarial das categorias que compõem a instituição não tem precedente. Já beiram seis anos sem qualquer proposta de reajuste e não há uma sinalização positiva do governo federal para o equacionamento da questão.
Estão conseguindo enfraquecer e levar as categorias da Polícia Federal à linha da pobreza.
Fica a pergunta: quem ganha com isso?