A quem interessa o aumento do número de vereadores em Maceió? Resposta: interessa única e exclusivamente àqueles que estão com a reeleição em risco.

O aumento do número de veradores traria melhoria para a saúde e a educação municipal? 

Não.

O aumento do número de vereadores facilitaria a relação do futuro prefeito com a Câmara?

Não, pelo contrário: iria encarecer ainda mais, pois o prefeito seria obrigado a cooptar mais gente para o seu lado.

E sendo assim, a sociedade maceioense livrou-se dos encargos graças à decisão sábia do desembargador Sebastião da Costa Filho – que cassou a liminar autorizando o absurdo, ou seja, o aumento do número de vagas na Câmara.

Dizem que o aumento das vagas de vereador não implica no aumento das despesas na Câmara. Mas isto, só se for utilizado o cálculo da Matemática Moderna - que tem até “conjunto vazio”.

Dizem que não será necessário aumentar o duodécimo da Câmara – e alguém acredita nisso? Alguém acredita que vão reduzir as despesas para acomodar o verdadeiro trem de luxo?

Basta analisar os nove partidos que ingressaram com a ação pedindo o aumento das vagas na Câmara para comprovar que se trata de “interesse meramente político e pessoal”, como qualificou muito bem o desembargador Sebastião Costa Filho.

Entre esses nove partidos estão o PDT, o PT e o PCdoB que, não por coincidência, conseguem eleger às duras penas uma dupla de representantes e às vezes nenhuma – como é o caso do PT, que não elegeu ninguém.

Os 21 atuais vereadores já são demais para pouco serviço. Eles custam quase R$ 5 milhões por mês e, salvo algumas exceções, uma parte não faria falta se não existisse.

Para uma cidade com população entre 1 milhão e 1,5 milhão de habitantes, como é o caso de Maceió, 15 vereadores seria o número perfeito – mais que isso é excesso e elevar o número para 30 é uma afronta.

E já que não se pode corrigir o excesso com 21 vereadores, quando bastariam 15, que não se cometa a afronta à saúde, à educação e à assistência social no município elevando-se a carga bruta para manter o perfeitamente dispensável.

Ninguém precisa de mais vereadores; o que se precisa é exatamente o contrário: menos Legislativo e mais Executivo, porque está sobrando discurso e faltando ação.